FAZENDO UM BALANÇO DO CINQUENTENÁRIO DO FESTIVAL DE PARINTINS
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28 de julho de 2015FESTIVAL| Na apuração realizada na manhã desta segunda-feira, o Boi Espalha Emoção e o pássaro Jaçanã se tornaram bicampeões do Festival do Mocambo. A quadrilha Pet na Roça retomou o título da programação que movimentou milhares de pessoas na Agrovila localizada a três horas da sede de Parintins.
O Boi Espalha Emoção com o tema Amor conquistou o título de bicampeão no 12º Festival Folclórico do Mocambo do Arari, após apuração na manhã desta segunda-feira. Com 16 anos de história, o bumbá das cores branco e amarelo levou para a arena do Mocambódromo o amor pela Amazônia e pelo folclore, com um espetáculo rico em criatividade. Na primeira noite de disputa, sábado, dia 25, o boi foi o segundo a se apresentar e abordou o subtema “Amor pela Amazônia”. Alegorias confeccionadas artesanalmente, com matéria prima da floresta, pelos artistas do Mocambo do Arari, retrataram a lenda do Uirapuru, o cotidiano do Caboclo Ribeirinho na figura típica e o ritual da Máscara de Aura.
Na segunda e última noite de apresentação, no domingo, 26, o Espalha Emoção abriu a disputa com o subtema “Amor pelo folclore”. A lenda do Curupira, a figura típica do Caboclo Agricultor e o ritual Sateré-Mawé foram as três alegorias apresentadas na arena do Mocambódromo. A evolução dos itens individuais deu dinâmica ao espetáculo. Entre os destaques do Espalha Emoção destacaram-se o levantador de toadas, Márcio do Boi, o apresentador Cardoso Jr, que completou 10 anos como item oficial, o amo do boi, Adriano Aguiar, em total interação com a galera na arquibancada. Os itens femininos surgiram do alto das alegorias, com estruturas construídas com madeiras.
A simplicidade de estruturas confeccionadas a partir de cipós, folhas, galhos e varas de árvores que se transformam em arte nas mãos dos artistas do boi Touro Branco, foram o mote para as apresentações com o tema; “Fé e arte”. O bumbá ficou em segundo lugar. A aparição de quatro itens em um único cenário alegórico da celebração levou para a arena cinco réplicas de igrejas em homenagem aos santos das comunidades que interligam o distrito do Mocambo: São João Batista, Santo Antônio, São Tomé, Santa Maria e Nossa Senhora de Lourdes.
No grande arraial que se formou na arena do Mocambódromo, lanças e módulos alegóricos trouxeram a porta-estandarte Ângela Barros. A sinhazinha veio no pássaro pavão, o boi Touro Brando chegou em outra lança e evoluiu defendendo o item boi-bumbá evolução. A rainha do folclore vaio conduzida em uma lança de quatro metros de altura para se apresentar para os jurados e a torcida laranja e branca. A cunha-poranga compôs um dos módulos da alegoria de lenda amazônica, em que representava o bicho folharal, o defensor da floresta. O grande ritual xamaniístico levou a celebração indígena com o rito de destruição do ente maligno Apinajé. A apresentação encerrou com a apoteose e o envolvimento de todos os elementos da apresentação concorrendo ao conjunto folclórico.
Na segunda e última noite do 12º Festival Folclórico do Mocambo o Touro Branco encerrou com o subtema Arte. A alegria, animação e a garra dos torcedores marcaram a apresentação do bumbá. Quatro alegorias foram conduzidas a arena, onde ocorreu a aparições surpresa dos itens. A alegoria Celebração Arte e Artista, a Nossa Senhora de Fátima levou a arena o Touro Branco e logo após foi a vez da Sinhazinha da Fazenda, a qual se apresentou ao lado do boi e abrilhantou a festa. Em seguida as toadas Sou da Galera e Força da Nação agitaram os torcedores. A segunda alegoria, Figura Típica Regional: Juteiro do Mocambo evoluiu com a aparição da item Porta Estandarte.
O momento tribal arrancou gritos da galera, uma vez que os dançarinos levaram a arte em coreografias ousadas e inovadoras. A apresentação de tuxauas foi marcada com a participação da cunhã poranga que evoluiu ao som da toada Deusa da Sedução. A terceira alegoria foi a Lenda Amazônica Yara, onde ocorreu o surgimento da Rainha do Folclore.