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11 de maio de 2017CULTURA| Cantores líricos, instrumentistas, diretores, maestros, técnicos e outros personagens que fizeram e fazem parte da história do Festival Amazonas de Ópera (FAO) se reuniram para reviver a trajetória do evento lírico amazonense num encontro emocionado na noite da última segunda-feira (8), no Centro Cultural Palácio da Justiça. A reunião foi conduzida por Robério Braga, secretário de Estado de Cultura e diretor geral do Festival, e pelos maestros Luiz Fernando Malheiro e Marcelo de Jesus, respectivos diretor artístico e diretor artístico adjunto do FAO, com a participação de convidados diversos.
O encontro teve início com a exibição de um minidocumentário sobre o FAO, destacando as conquistas do evento com números e depoimentos. Logo após, Robério Braga relembrou os episódios que levaram à realização do então 1º Festival de Manaus, destacando a conjunção do desejo da Secretaria de Cultura de dar início ao desenvolvimento de uma política pública para o segmento e o projeto do violinista alemão Michael Jelden de levar ópera ao Teatro Amazonas.
Músicos amazonenses que estiveram nas primeiras edições do evento também deram seus depoimentos. Foi o caso do baixo Josenor Rocha, que estreou como solista na ópera “Alma”, no 2º Festival de Manaus; e do flautista Cláudio Abrantes, selecionado para a Amazonas Filarmônica em sua primeira formação, em 1997. “Para mim foi a realização de um sonho. A cultura, de 1997 para a frente, é outra graças ao Secretário, ao maestro Zacarias e a outras pessoas que fizeram esse Festival crescer tanto”, declarou Josenor.
O encontro contou com a participação de talentos da nova geração da Orquestra Experimental da Amazonas Filarmônica e do Coral do Amazonas, como os violinistas José Jonas Júnior e Kimberly Oliveira, e a soprano Carol Martins. “Essa geração é que vai fazer a permanência desse trabalho”, assinalou Robério.
Grande apoio do FAO, a Central Técnica de Produção (CTP) veio à tona no depoimento de seu principal artífice, Marcos Apolo Muniz, hoje Diretor Técnico do Festival. “Ela começou no espaço de uma garagem, no bairro do São Jorge, com peças de ‘Manon’ e ‘A Flauta Mágica’”, recordou ele. Hoje, a Central abriga quase 59 mil peças, de cenários a adereços de cena, num espaço de 9 mil m² na Cachoeirinha.
Apolo apontou ainda a evolução no trabalho dos bastidores, relembrando um episódio em 2001, quando o diretor britânico Aidan Lang exigiu a sincronia entre a música e a movimentação do cenário em ‘Manon’, algo então inédito para a equipe técnica. “E com isso fomos realmente evoluindo junto com o Festival, aprendendo as artimanhas de como funcionava”.
A produtora Flávia Furtado, que trabalha há 14 anos no FAO, apontou a aprovação de artistas e profissionais estrangeiros ao evento amazonense: “Escuto muito de todos os estrangeiros da qualidade que temos aqui no nosso trabalho, da qualidade de pessoas como Apolo, Cieny (Farias, da CTP), Monique (Andrade, diretora do Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas). O que temos de apoio institucional é impensável no Brasil e na América Latina. O trabalho que conseguimos construir aqui é muito especial”.
O FAO foi ainda o ponto de partida para o desenvolvimento de uma agenda mais ampla de festivais culturais da Secretaria, como lembrou a secretária executiva Beth Cantanhede. “O Festival foi a nossa principal escola, para poder depois fazermos todos os outros festivais, como os de Dança, Cinema, Teatro, Jazz. Formou toda a equipe, não só a equipe ligada ao setor de Eventos, mas toda a Secretaria”, declarou ela.
Nessa evolução à base de muita conquista e aprendizado, Robério destacou que o FAO completou o ciclo que se buscava desde o início do evento, com “a projeção do Estado, mercado para o artista brasileiro, geração de emprego e renda, formação artística e técnica, e a preparação de pessoal nas variadas atividades relacionadas ao Festival”. “Mas vou dizer a vocês: custou todos esses meus cabelos brancos”, finalizou, brincando.
A Programação Acadêmica do XX Festival Amazonas de Ópera segue no dia 11, com o workshop “A voz na canção erudita”, ministrado por Homero Velho e Pedro Panilha. A formação acontece das 14h às 17h, na Sala de Música do Palácio da Justiça.
No dia 17, no mesmo local e horário, Luisa Francesconi e Panilha se reúnem para ministrar o workshop “Técnica vocal – Ópera e musicais”. E no dia 24, das 14h às 17h, o Atelier de Costura da Central Técnica de Produção (CTP) recebe o workshop “Cenografia e figurino”, com Giorgia Massetani.
Para participar dos encontros, os interessados devem efetuar inscrição no Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro, na Gerência de Formação Cultural e Eventos – Bloco F do Centro de Convenções Professor Gilberto Mestrinho (Sambódromo), até o dia 23 de maio.
As vagas para as formações são gratuitas e limitadas. Os encontros realizados no Centro Cultural Palácio da Justiça têm número total de 60 vagas, cada. Já o workshop “Cenografia e figurino” oferece um total de 50 vagas. Mais informações sobre a programação acadêmica pode ser obtida pelo telefone (92) 3232-2440 ou pelo e-mail fc.liceu@gmail.com.
O XX Festival Amazonas de Ópera (FAO) é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e do Fundo de Promoção Social, com o apoio da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O evento tem patrocínio máster de Bradesco Prime, e patrocínio da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e da Ambev.
Foto: Antonio Neto/SEC