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18 de maio de 2017ESPETÁCULO| Quem não pôde comparecer à estreia da Ópera Bradesco “Tannhäuser” poderá conferir a produção baseada na obra do compositor alemão Richard Wagner em outras duas récitas, nesta quarta-feira (17) e no sábado (20), no Teatro Amazonas. Primeira grande montagem apresentada no XX Festival Amazonas de Ópera (FAO), a peça teve sua estreia na noite do último domingo (14), no Teatro, sob fortes aplausos do público que lotou a casa lírica amazonense.
O XX FAO é uma realização do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e do Fundo de Promoção Social, com patrocínio máster do Bradesco Prime e patrocínio da Companhia de Gás do Amazonas (Cigás) e da Ambev. O evento tem parceria ainda com o Theatro São Pedro, de São Paulo.
A estreia da Ópera Bradesco “Tannhäuser” contou com a presença do governador David Almeida; do secretário estadual de Cultura, Robério Braga; da presidente de honra do Fundo de Promoção Social (FPS), Socorro Siqueira; do secretário estadual de Educação, Arone Bentes; e do secretário estadual de Juventude e Lazer, Fabrício Lima.
Os espectadores que compareceram à noite da estreia demonstraram encantamento com a montagem de “Tannhäuser”. Entre eles estava o casal Janio Freitas, de 55 anos, e Cibele Freitas, 48, ambos empresários vindos de São Paulo.
“É a minha primeira vez no Festival, e estou achando o espetáculo grandioso, bem dirigido, bem produzido, bem interpretado, estou adorando. A quem puder estar prestigiando esse evento, sugiro que venha, porque é acessível e enriquecedor”, afirmou Janio. “Eu tinha o sonho de poder vir aqui para acompanhar o Festival e hoje estou realizando esse sonho. Estou encantada! É tudo muito apaixonante, bem bonito”, completou Cibele.
Para Angela Matos, 45, comerciante de Presidente Figueiredo, o bilhete para a récita de estreia de “Tannhäuser” foi parte dos mimos que recebeu pelo Dia das Mães. E ela adorou. “Oenredo, a história, o cenário, está tudo lindo”, declarou ela, num dos intervalos do espetáculo, que acompanhou ao lado dos filhos. “Já tive a oportunidade de ver outras edições do Festival Amazonas de Ópera e sei o quanto é lindo e bem organizado”.
O paulista João Ferraz destacou a criatividade da encenação e a performance dos músicos na montagem. “A orquestra (Amazonas Filarmônica) nos surpreendeu muito. Vi um bom equilíbrio entre a coreografia e a história do Tannhäuser: nade de supermoderno e bem fiel à história. Com recursos simples, vocês mostraram que dá para fazer um espetáculo de boa qualidade”, avaliou ele, que assistiu à estreia ao lado da esposa, a também pesquisadora, alemã naturalizada brasileira, Isolde Ferraz.
Moradora de Iquitos, no Peru, a farmacêutica Maria Tereza, 32, não escondeu seu arrebatamento com a montagem da obra de Richard Wagner, a primeira que conferiu do evento lírico amazonense. “Estou adorando o Festival, é a minha primeira vez e estou achando tudo maravilhoso. Vou fazer minha propaganda através das redes sociais”, disse.
Em sua montagem no XX FAO, “Tannhäuser” tem direção musical de Luiz Fernando Malheiro, também diretor artístico do FAO e maestro titular da Amazonas Filarmônica, que conduziu a estreia e que rege a récita do sábado (20). Na quarta-feira (17), a regência é de Otávio Simões, maestro assistente da Filarmônica.
O elenco da montagem tem à frente o tenor mexicano Luis Chapa, no papel-título, ao lado dos solistas, a soprano Daniella Carvalho, a mezzo-soprano Andreia Souza, os baixos Anderson Barbosa e Murilo Neves, os barítonos Homero Velho e Arthur Canguçu, os tenores Juremir Vieira e Enrique Bravo, e o sopranista Bruno de Sá. Também integram o elenco da ópera as crianças Mayara Passos, Inaiá Vasques, Yasmim Campos e Thiago dos Santos, todos do Coral Infantil do Liceu de Artes e Ofícios Claudio Santoro.
Além da Amazonas Filarmônica, o espetáculo tem a participação do Grupo Vocal do Coral do Amazonas e do Coral do Amazonas, do Balé Experimental do Corpo de Dança do Amazonas, do Balé Folclórico do Amazonas e do Corpo de Dança do Amazonas.
Já na parte técnica, a direção cênica é assinada por Caetano Pimentel, com coreografia de Tindaro Silvano, cenários de Giorgia Massetani, figurinos de Laura Françozo e desenho de luz de Fábio Retti.
Não é a primeira vez que Richard Wagner é destaque no FAO. Ao todo, sete óperas do alemão – nascido em 1813 em Leipzig e falecido em Veneza, na Itália, em 1883 – foram encenadas no palco do Teatro Amazonas, incluindo a tetralogia completa do “Anel do Nibelungo”, considerada a magna opera de Wagner.
Encenada pela primeira vez em 1845, “Tannhäuser” narra uma história que une o humano e o divino, disputas medievais entre cavaleiros, e um pecador em busca de sua redenção pessoal por amor.
Baseada numa lenda medieval, a ópera situa-se na região da Turíngia, no início do século XIII, e conta a história do cavaleiro Tannhäuser, que, após passar uma temporada na corte da deusa Vênus, resolve retornar ao convívio dos mortais. Assim que retorna à Terra, encontra seus antigos amigos, que o levam a um torneio de trovadores, para quem o amor é um ideal sublime e elevado.
No torneio, entretanto, Tannhäuser acaba defendendo o amor carnal, e por causa disso, é reprimido pelos demais trovadores, sendo consolado apenas pela jovem Elisabeth, sobrinha de Hermann, Landgrave da Turíngia. Por defender o que é considerado pecado, o cavaleiro precisa ir ao Vaticano e pedir perdão ao Papa. Na viagem, deve estar de olhos vendados e pagar suas próprias penitências.
No Vaticano, entretanto, Tannhäuser não obtém o perdão do papa, que diz que é mais fácil o seu cajado florescer do que o cavaleiro obter o perdão de Deus e do homem. Frustrado, volta à Alemanha, onde se depara com Elisabeth subindo aos Céus, rogando a Deus por Tannhäuser. No final o cavaleiro morre, mas acaba obtendo o perdão divino, com o cajado do papa florescendo.
Com o nome completo de “Tannhäuser e o Torneio de Trovadores de Wartburg”, a ópera foi composta em Dresden, na Alemanha, enquanto Wagner atuava como diretor artístico do Teatro da Corte da cidade. Também autor do libreto, ele deu à ópera o primeiro nome de Der Venusberg. A composição foi finalizada em 13 de abril de 1845, e estreou em 19 de outubro daquele mesmo ano.
A primeira récita da Ópera Bradesco “Tannhäuser”, apresentada no último domingo (14), foi transmitida ao vivo pelo canal do YouTube da Secretaria de Estado de Cultura, “Cultura Amazonas”. A exibição está disponível no catálogo do canal, que ainda conta com entrevistas e transmissões dos concertos do Festival, e pode ser acessado no endereço www.youtube.com/CulturaAmazonas.
O XX Festival Amazonas de Ópera, em todos os seus espetáculos, conta com audiodescrição para deficientes visuais, e tradução simultânea do espetáculo para Linguagem de Sinais, para os deficientes auditivos.
Com apoio a eventos regionais, museus, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros, a instituição possui, ainda, uma plataforma de naming rights com o Teatro Bradesco, que conta com unidades em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. A temporada cultural de 2017 inicia com o patrocínio para exposições que narram a trajetória da artista Anita Malfatti e do executivo Steve Jobs.
Serviço: Ópera Bradesco “Tannhäuser”, de Richard Wagner – XX Festival Amazonas de Ópera
Data/hora: Dia 17, quarta-feira, às 20h; e 20 de maio, sábado, às 19h
Local: Teatro Amazonas, avenida Eduardo Ribeiro, 659, Centro
Entrada: Setor Laranja: Plateia, frisas e 1° pav. a R$ 60; 2° pav. a R$ 55. Setor Amarelo: Plateia a R$ 55; frisas a R$ 45; 1° pav. a R$ 40; 2° e 3° pav. a R$ 35. Setor Roxo: 1° pav. a R$ 25; 2° pav. a R$ 15; 3º pav. a R$ 15; camarotes externos 2º e 3º pavs. a R$ 5. Àvenda na bilheteria do Teatro e pelo site www.bestseat.com.br. Estudantes e idosos pagam meia-entrada
Informações: Pelo telefone (92) 3232-1768
Classificação indicativa: 12 anos