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26 de junho de 2017BOI-BUMBÁ| Umas das principais características do Festival Folclórico de Parintins é a inovação. A grandiosidade do evento se destaca pela criatividade e pela capacidade de estar à frente em diversos quesitos de outras festividades do Brasil e do mundo. A capacidade criadora, a imaginação e a originalidade do parintinense é certamente um dos fatores que alavancaram o Festival e deram o ar de magia, encanto e magnetismo à Ilha Tupinambarana. Difícil tentar explicar para quem ainda não teve oportunidade de assistir pessoalmente, a mistura de sentimentos, como euforia, expectativa, ansiedade e alegria, que se cria ao se aproximar o mês de junho.
A globalização fez com que o maior Festival Folclórico da América Latina, fosse levado para muitos e também seduziu muitas pessoas, que optam por sentir esta emoção de perto. Aos poucos, surgiu a inevitabilidade de adaptações, entre elas, proporcionar, da melhor forma, que pessoas com alguma deficiência, pudesse se integrar da melhor forma à dinâmica do Festival, entre elas, a “Cultura Surda”, onde os surdos, utilizam a comunicação espaço-visual, como principal meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala, tendo ainda uma cultura característica, no caso do Brasil, foi desenvolvida a LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais.
Nesse cenário desenhado sobre novos postulados Surdos, o Festival Folclórico de Parintins, sai na frente de outras produções culturais (espalhadas entre o teatro, a literatura, as artes plásticas, o cinema, a dança, a música, etc.) compartilhando todo fascínio de suas apresentações, proporcionando acessibilidade a comunidades surdas.
A ideia da acessibilidade, foi uma proposta junto ao projeto geral do Festival Folclórico de Parintins, que foi apresentado ao Ministério da Cultura pela Maná Produções, Comunicação e Eventos, uma empresa de abrangência nacional, com sede na cidade de São Paulo – SP e filial em Manaus – AM. É a Agencia Oficial dos Bois Caprichoso e Garantido há 14 anos, responsáveis pelos patrocínios do Festival Folclórico, apoios, licenciamento de marcas, vendas de shows e outras ações comerciais, com total exclusividade. A Maná é também a representante Legal do Festival de Parintins junto ao Ministério da Cultura.
Segundo Márcia Nogueira, membro da diretoria da Maná Produções, o Ministério da Cultura (MinC), solicita que todos os projetos que tem apoios de incentivos, trabalhem com políticas de inclusão social em vários aspectos. E hoje, a questão de acesso à eventos culturais por pessoas de baixa renda, Parintins vem desenvolvendo muito bem, uma vez que todos os ensaios na ilha são gratuitos e praticamente 70% do Bumbódromo tem gratuidade e todas as indumentárias também são gratuitas, permitindo o acesso a quem não pode pagar.
“Percebemos que em Parintins, tem um número de surdos bastante expressivo que frequenta os currais. Muitos jovens vão ao curral dançar, mas sem saber o que está sendo cantado ou falado. E foi pensando nestas pessoas, que juntamente com a orientação de professores especializados em Parintins, apresentamos a ideia ao Minc e foi super bem recebida”, observa Márcia.
Outra novidade que será implementada durante a semana do Festival de Parintins, serão os folhetos em Braille, com resumos da história do Festival para os turistas deficientes visuais.
Durante o período de ensaios pré-festival, já foram realizados dez (10) eventos, em Parintins, com interpretação em Libras (Língua Brasileira de Sinais), tanto no Curral do Boi Garantido, quanto no do Boi Caprichoso, sendo que essa iniciativa apresentou um impacto social relevante, pois surdos de outros municípios vizinhos comentaram sobre o que está ocorrendo em Parintins.
Através das Redes Sociais dos Bumbás, atingindo o público nacional e internacional, serão divulgadas três (03) coreografias de cada boi, todas com a interpretação.
“As intérpretes são professoras da Escola de Áudio e Comunicação Pe. Paulo Manna (Av. Nações Unidas, 1792 – Centro, Parintins), parintinenses, assim como toda a equipe que registrou os eventos e a gravação da coreografia. É fundamental que estes processos sejam conduzidos por quem conhece o produto. E para expressar Parintins, ninguém melhor que o próprio parintinense”, encerra Márcia Nogueira.