ATRAÇÕES DO MÚSICA NA ESTRADA MOVIMENTAM TEATRO AMAZONAS COM SHOWS DE VIOLÃO E FREVO
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1 de dezembro de 2017ESPETÁCULO| A Soufflé de Bodó Company inicia a segunda temporada do ano do seu novo espetáculo, “Vestido Queimado”, que ficará em cartaz no Casarão de Ideias durante os sábados de dezembro nos dias 02, 16 e 23, sempre às 19h. Os ingressos serão vendidos no local a R$ 15 (meia). O projeto é uma realização da Soufflé de Bodó e do Serviço Social do Comércio Amazonas (Sesc), por meio do edital Residência do Sesc de Artes Cênicas 2017.
A montagem da peça, que tem direção e dramaturgia de Francis Madson, segue a proposta estética do Teatro de Papel (Toy Theater ou Théâtre de Papier), popular entre os séculos 18 e 19. Nesse gênero de teatro, o papel é usado como suporte artístico para a criação de personagens miniaturizados e manipuláveis.
Segundo Francis Madson, “Vestido Queimado” é uma narrativa fantasiosa sobre a amizade entre duas pessoas. “Esse espetáculo é resultado de um projeto de pesquisa cênica que temos dentro da companhia. O Teatro de Papel é uma forma estética e prática de contar histórias que nos interessou bastante, pelo relativo ineditismo na região Norte e no Brasil de um modo geral. O Teatro de Papel é um modo de fazer teatro que nos fez repensar a maneira de trabalhar dentro da Soufflé”, afirma.
Ele ainda complementa que, “Vestido Queimado” também traz um diálogo entre o Teatro de Papel, surgido na Europa, e a arquitetura dos trópicos. “No protótipo estrutural que fizemos, a referência do espaço cênico é o Teatro Amazonas”, completa ele. “A proposta é estética, mas também política, porque estamos trabalhando com uma dramaturgia imagética. No futuro, queremos realizar outras produções para esse tipo de teatro, que permite todos os tipos de montagem cênica”, diz o diretor
PRODUÇÃO
No elenco de “Vestido Queimado” estão os atores Carol Santa Ana, Denis Carvalho, Klindisson Cruz e Yago Reis, que manipulam os personagens e o cenário durante a apresentação. A direção de arte e as ilustrações são assinadas por Eric Lima, e a trilha sonora original é de Yago Reis.
Francis Madson explica que, inicialmente, toda a dramaturgia do espetáculo foi desenhada em papel ofício A4. “Durante a produção, realizamos pesquisa para uso de diferentes tipos de papéis, como Triplex, Paraná, acetato, etc. Além disso, realizamos protótipos do palco e de todos os desenhos em papel Paraná para reduzir o consumo de papel. Por fim, todos os elementos de cena foram confeccionados em papel especial sem corantes artificiais”.
SOBRE O TEATRO DE PAPEL
O Teatro de Papel é uma expressão típica da época romântica. Teve na sua origem a grande paixão pelo teatro sentida pela alta burguesia dos séculos 18 e 19, e servia para reproduzir no seio das famílias as peças de teatro célebres, tornando-as acessíveis e visíveis às crianças.
“O teatro de papel ‘copia’ na arquitetura, maquinaria, iluminação, texto e narrativa o teatro da época. Era comum cada casa burguesa ter um Teatro de Papel para a diversão da família com histórias populares como as dos irmãos Grimm ou Shakespeare”, acrescenta Madson.
A partir da segunda metade do século 19, o gênero ganhou reconhecimento por conta do papel educativo do teatro e pelos aspectos criativos que ele podia promover entre as crianças. Nessa altura, o Teatro de Papel passou a ser uma espécie de brinquedo voltado a esse público.
FICHA TÉCNICA
Direção, iluminação, figurino e dramaturgia: Francis Madson/ Coordenador de Produção: Denis Carvalho/ Elenco: Carol Santa Ana, Denis Carvalho, Klindisson Cruz e Yago Reis/ Direção de arte e ilustração: Eric Lima/ Produçao de arte: Carol Santa Ana, Denis Carvalho, Klindisson Cruz, Francis Madson e Lauri Gitana/ Trilha sonora original: Yago Reis