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5 de dezembro de 2017CULTURA| O casarão antigo Solar Barão de Santarém recebeu um toque tecnológico especial em sua arquitetura na noite de sexta-feira (1). Com cores, sons, e mensagens de resistência e luta, o Festival Amazônia Mapping (FAM) fez o público olhar de uma forma diferente para o prédio que abrigou o barão de Santarém, Coronel Miguel Antônio Pinto Guimarães, agraciado com título de nobreza pela Princesa Isabel em 17 de maio de 1871.
Com as luzes dos postes perto do casarão, apagadas, a apresentação começou com a exposição das artes criadas pela artista plástica paulista Ane Haze. Com o tema “Resiste Floresta”, Ane propôs reflexões culturais e políticas do Município. “Criamos com base nas ocupações da cidade e nas resistências que sociedade em geral tem vivido. Tanto a resistência para a preservação da floresta, quanto a resistência da mulher. Tentei juntar, o papel da mulher no mundo, e o papel da natureza”, afirma.
Imagens do rio, dos peixes, da floresta, de personalidades de Santarém como a artesã Dica Frazão – ícone da arte e cultura santarena, e sons peculiares da região com ênfase no carimbó foram destacados na apresentação de Ane.
Além dela, foram expostas projeções criadas pelo artista catarinense Leandro Mendes (VJ Vigas), que é um dos maiores nomes do Vídeo Mapping do Brasil. Vigas desenvolve o projeto “Organismos Públicos” que mapeia prédios seculares de cidades do Brasil. O artista paraense Luan Rodrigues também se apresentou. O trabalho de Luan parte de elementos coletados em vivências junto a etnias indígenas da região Amazônica. São Grafismos, imagens e sons da cultura da floresta.
A idealizadora do projeto, Roberta Carvalho, destacou que esta foi a primeira vez que o Festival Amazônia Mapping saiu da capital Belém, onde já teve três edições. “Escolhemos Santarém porque é uma cidade com extrema importância para o Pará. É desafiador, para gente de Belém, deslocar do nosso eixo e tentar entender outros locais. É uma cidade instigante. Há uma conexão entre Santarém e Belém e provoquei os artistas a criarem com base na história da cidade, nas peculiaridades daqui”.
Sobre o processo de criação, Roberta explica que antes da explanação para o público a equipe realiza um estudo da arquitetura, levantamento de planta e registro fotográfico em alta resolução para poder criar o mapa do prédio. “A partir disso a gente virtualiza essa fachada criando animações no prédio”, completou.
O comerciante Elison Farias estava entre o público que foi prestigiar. “É muito inovador, trabalha as tecnologias, com mensagens de luta, de preservação das florestas e preservação da história. É muito criativo e estou gostando muito”, comentou.
A realização do FAM em Santarém contou com apoio da Prefeitura de Santarém, através da Secretaria Municipal de Cultura. “Este projeto é uma forma de mostrar a juventude, através da tecnologia, a importância de preservar o patrimônio histórico e cultural do município. Nunca este casarão foi tão observado quanto hoje. É mais uma ação cultural que teve apoio do governo na gestão do prefeito Nélio Aguiar que contou com a colaboração de várias secretarias”, finalizou o secretário municipal de Cultura, Luís Alberto Figueira.