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28 de julho de 2018INPA| A oportunidade de amamentar um filhote de peixe-boi-da-Amazônia e de ver a maior folha do mundo, a Coccoloba, chamou a atenção da princesa japonesa Mako, 26, em visita ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), na manhã desta quinta-feira (26). Esta é a quarta vez que a família imperial japonesa visita o Inpa, instituto que nesta sexta-feira completa 64 anos de implantação e é referência mundial nos estudos de biologia tropical.
Filha do príncipe Akishino e neta do imperador Akihito, Mako está no Brasil pelas comemorações dos 110 anos da imigração japonesa ao Brasil. Em Manaus desde a última terça-feira (24), o Inpa foi a última parada na capital amazonense antes da princesa seguir para o estado do Pará.
“Nos sentimos muito honrados de ter recebido uma pessoa tão atenciosa e simpática como a princesa Mako, principalmente porque o Inpa tem uma cooperação internacional com o Japão, que é o Projeto Museu na Floresta”, disse o ex-diretor do Inpa Luiz Renato de França.
Mako participou logo no início de uma apresentação institucional no Auditório da Diretoria. O ex-diretor falou sobre a atuação da unidade de pesquisa e o representante da Jica Akio Saito apresentou o Projeto Museu na Floresta, uma parceria do Inpa com a Universidade Quioto, com financiamento da Jica.
No Bosque da Ciência, a princesa ajudou a amamentar um filhote de peixe-boi acompanhada pela pesquisadora Vera da Silva e do tratador Daniel Bezerra. Ainda na área dos tanques de peixes-bois, Mako passou mais de 10 minutos e demonstrou muito interesse no mamífero aquático ameaçado de extinção. Em conversa com princesa, a pesquisadora Mumi Kikuchi, do Centro de Pesquisa da Vida Selvagem da Universidade de Kyoto, falou sobre seu trabalho com peixe-boi aqui na Amazônia.
“Fiquei muito bem impressionada não só pela educação e fineza da princesa Mako, mas também pela curiosidade que teve das coisas amazônicas. Ela quis tocar no peixe-boi, fez comentários a respeito, deu mamadeira, perguntou sobre dieta, tamanho”, contou Silva.
A princesa conheceu ainda a Tanimbuca – árvore de 600 anos, visitou a maloca de artesanato indígena – ponto fora do rígido protocolo imperial, e a Casa da Ciência. No espaço museológico, sua Alteza viu várias espécies da fauna e flora Amazônia, tomou suco de caju, sabor que o pai experimentou e repetiu em visita ao Brasil há 30 anos e a recomendou saborear. Mako é graduada em Arte e Patrimônio Cultural e possui mestrado em Museologia.
“Ela mostrou interesse por tudo, estava atenta, olhando e perguntando. Adorou a Coccoloba, nossa folha gigante, e foi ver a árvore”, disse Silva, que também é coordenadora do Projeto Mamíferos Aquáticos da Amazônia, uma parceria da Associação Amigos do Peixe-Boi (Ampa) com o Inpa, patrocinado pela Petrobras.
Para Saito, a visita da princesa é uma “grande honra”. “Estamos desenvolvendo o projeto Museu na Floresta e coincidentemente recebemos a visita da princesa. Essa é uma grande oportunidade para nós, para o Japão e para todo o Brasil conhecer o Inpa e o nosso projeto”.
Além de França, acompanharam a visita por parte do Inpa a diretora Hilândia Brandão, as coordenadoras Beatriz Ronchi (Capacitação) e Cristiane Okawa (Administração), o chefe de gabinete Sérgio Guimarães e o pesquisador Jansen Zuanon.