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13 de dezembro de 2018HOMENAGEM| O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), Carlos Cleomir de Souza Pinheiro, 64, recebeu nesta quinta-feira (13) a Medalha de Ouro Deodato de Miranda Leão, que é outorgada pela Câmara Municipal de Manaus (CMM) a pessoas que realizam importantes contribuições à sociedade manauara. A honraria é um reconhecimento pelos mais de 20 anos de estudos com o gengibre amargo (Zingiber zerumbet) e outras espécies amazônicas.
A propositura da homenagem foi feita pelo vereador Isaac Tayah. A Reunião Solene será realizada às 14h, no Plenário Adriano Jorge, Paço Municipal de Manaós, na rua Padre Agostinho Martin, nº 850, no bairro São Raimundo.
Pinheiro é biólogo com doutorado em Biotecnologia e Recursos Naturais. Tem experiência na área de farmacologia e química de produtos naturais com ênfase em fitoterápicos, cosméticos e alimentos.
De acordo o pesquisador, as substâncias obtidas a partir do gengibre amargo, planta de origem asiática, podem auxiliar no tratamento de doenças crônicas como diabetes, lúpus, além de acne vulgar, por possuir propriedades terapêuticas com atividade anti-inflamatória, analgésica, antimicrobiana, cicatrizante, inibidora da bactéria H. pylori e citotóxica para várias linhagens de células cancerígenas.
“Essa Medalha é um marco para minha vida pública como pesquisador e vai me estimular a dar continuidade no desenvolvimento de produtos tecnológicos, que tem por objetivo a melhoria da qualidade de vida da população com responsabilidade Social”, disse o pesquisador.
O pesquisador tem uma história extensa com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Por três vezes já esteve entre os finalistas do Prêmio Finep de Inovação Tecnológica na Categoria ICT (2007, 2010 e 2011). Em 2015, uma dissertação de mestrado orientada por Pinheiro sobre gel de gengibre amargo para o tratamento de pés diabéticos foi finalista no XIV Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde (SUS). No ano seguinte o pesquisador recebeu uma Menção Honrosa na Assembléia Legislativa do Estado do Amazonas.
O pesquisador é fundador da Biozer da Amazônia, empresa que já foi incuba no Inpa e atualmente trabalha para levar ao mercado produtos desenvolvido pelo Instituto. Além do gel de gengibre amargo usado no tratamento de pés diabéticos, estão a linha de cosméticos naturais amazônicos, fitoterápicos e alimentos funcionais, com destaque para a cápsula dietética feita a partir de gengibre amargo e frutos amazônicos.
“Esse trabalho é interdisciplinar. Trabalhamos ainda em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado Amazonas (FCecom)”, ressalta o pesquisador.
Conforme o pesquisador, o maior impasse no trabalho com o gengibre amargo é a busca por certificação dos produtos junto aos órgãos necessários, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o que leva algum tempo.