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10 de janeiro de 2019CULTURA| O Museu da Cidade de Manaus, localizado no Paço da Liberdade, Centro Histórico, que durante décadas foi usado como sede do governo municipal, tornou-se a casa que conta a história do povo manauara. Reunindo beleza arquitetônica, exposições tecnológicas, peças arqueológicas e artigos regionais, o espaço já recebeu mais de 15 mil visitantes, desde sua inauguração no aniversário da cidade, em outubro do ano passado.
“É uma joia valiosa para a cidade e conta a rica história de um povo aguerrido, que este ano completa 350 anos de história ocidental, mas tem mais de 10 mil anos de cultura indígena. Enquanto muitas cidades e estados tiveram dificuldades para manter suas contas em dia, Manaus investiu em cultura, além de avançar em outras áreas importantes, como infraestrutura, saúde e educação”, destacou o prefeito Arthur Virgílio Neto.
Oito salas do Museu da Cidade de Manaus retratam a vida cotidiana, a identidade e a cultura de gerações passadas, por meio de exposições de longa e curta duração, utilizando-se da interatividade para contar a história da cidade de Manaus a partir de textos, sons e imagens, com caráter educativo, lúdico e dinâmico e atraindo a atenção, o olhar e a sensibilidade até dos visitantes mais novos.
“Eu já visitei a parte das ruínas, a sala dos prefeitos, a evolução, a sala dos imigrantes. Estou gostando muito da visita, gostando de tudo”, disse o estudante Luiz Gustavo, de 11 anos.
Já para o universitário Mateus Vinicius, 18, que veio de Boa Vista para conhecer o museu, a experiência de fazer uma viagem no passado, conhecer a história e as raízes locais em meio a tanta tecnologia, unem o antigo e o atual. “A prefeitura está realmente de parabéns. Para mim, foi encantador poder fazer uma viagem pelo tempo e a cultura, em um museu muito moderno e que não vejo em muitas cidades do Brasil”, destacou.
Exposições
Salas como a “Afluentes do Tempo”, que projeta imagens a partir de um reflexo na água, que fica represada em uma espécie de bacia em formato de rio, encanta os visitantes. No espaço “Casas-Cabeças”, casas de diferentes habitantes da cidade são apresentadas em fotos em um painel touch screen. Já no “Banhos de Origens” é possível vivenciar o depoimento de pessoas de outras nacionalidades que vieram morar em Manaus.
O museu traz, ainda, a sala “Mercado”, com a exposição de iguarias, alimentos e objetos regionais que os feirantes vendiam nas feiras. O espaço “Rios Voadores” mostra a evaporação da água e o ciclo das chuvas na capital em quatro globos, enquanto a sala “Arqueologia” conta com apoio virtual. Na “Anéis de Crescimento” há uma projeção em dois pedaços de troncos e, por fim, a “Sala dos Prefeitos” mostra nomes, fotos e períodos de gestão de todos os prefeitos de Manaus.
“O Museu vem para ser o diferencial, nós temos uma cultura e uma história muito rica. Trouxe minhas filhas para elas passarem a conhecer e amar a região em que elas vivem e fomos muito bem recebidas e atendidas”, contou a pedagoga Deyseane Milério, de 39 anos.
Origem
O Museu da Cidade de Manaus foi criado pelo prefeito João de Mendonça Furtado, através da Lei n° 1.616, de 17 de junho de 1982, na estrutura da Secretaria Municipal de Educação e Cultura, com localização no prédio s/n° na rua da Instalação, mas nunca funcionou nessa localidade e sequer foi inaugurado.
Mais de 20 anos depois, em 2005, o projeto do Museu da Cidade foi retomado, passando agora a ter como abrigo o Paço da Liberdade, antiga sede da Prefeitura de Manaus. Em 2018, o prefeito Arthur Virgílio Neto entregou o museu à população sem custos para o órgão, uma vez que a obra foi realizada por meio da Lei Rouanet.
“Por meio das salas musicalizadas, o manauara vai conhecer a si, no espelho da cidade, se olhar e conhecer a sua história, as suas raízes, na sua cara mestiça, cabocla, mameluca, misturada, vai poder ver as fotografias e os vídeos, de uma forma tecnológica com uma pedagogia que investe nas novas gerações”, disse o administrador do Museu, Leonardo Novelino.
Visitação
O Museu está aberto de terça-feira a domingo, das 9h às 17h.
Fotos: Altemar Alcântara / Semcom