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19 de agosto de 2019Que o esporte é uma ferramenta de inclusão, isso muita gente sabe. Mas a frase de efeito, deixou de ser apenas um clichê nesta sexta-feira (16), quando Paulo Silva, de 12 anos, e Eduardo Alves, de 23, entraram para fazer uma luta durante o 1º Festival de Taekwondo do projeto Esporte Educacional e Sustentabilidade (EES), promovido pela Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA), com patrocínio da Petrobras, por meio do programa Petrobras Socioambiental.
Paulo tem autismo, Eduardo tem deficiência intelectual, e ambos são um exemplo como o esporte pode mudar a vida das pessoas.
Maria Altair, de 46 anos, é professora de educação física e mãe dos gêmeos Paulo e Samuel. Paulo já foi diagnosticado com autismo, Samuel ainda está em processo de avaliação.
A mãe, que sempre trabalhou com esporte, viu no taekwondo uma ferramenta para ajudar na evolução de Paulo, e ela conta como está sendo este processo.
“Tem sido um processo de superação para ele, que estava um pouco nervoso, hoje, por causa da movimentação toda. Ele já entrou no judô uma vez, mas depois ficou desestimulado. Então, para mim, só o fato de ele estar participando de um festival, já é uma superação”, conta a mãe.
“Tem sido um processo de superação para ele, que estava um pouco nervoso, hoje, por causa da movimentação toda. Ele já entrou no judô uma vez, mas depois ficou desestimulado. Então, para mim, só o fato de ele estar participando de um festival, já é uma superação”, conta a mãe.
As mudanças na rotina de Paulo, segundo ela, são perceptíveis. “Ele está mais disciplinado, atende mais as regras em casa e na escola. Ele tem uma certa dificuldade na escola, devido a aceitação do autismo. A gente sabe que não existe esta preparação para receber pessoas assim, mas ele tem se superado”, comemora a mãe.
Eduardo Alves tem passado por um processo semelhante, como conta a irmã dele, Fabrícia Neves.
“Meu irmão tem deficiência intelectual, mas desde que ele começou a fazer taekwondo, ele mudou. Antes ele ficava irritado, estressado, agora ele está interagindo melhor. Antes, ele era bem envergonhado, mas até isso acabou”, celebra Fabrícia.
Eduardo treina na Associação Reis, de Iranduba, que foi convidada para o Festival. Paulo é do projeto Esporte Educacional e Sustentabilidade. Juntos, eles protagonizaram o momento mais bonito do evento desta sexta-feira, na escola Municipal Nova Vida, no Mauazianho, zona Leste, fazendo uma luta que só teve vencedores: o esporte, a inclusão e a vida.
“Foi uma grande satisfação em vê-los lutar. Utilizando as técnicas do taekwondo com o auxílio da metodologia do esporte educacional, a inclusão deles acontece naturalmente”, explica o educador de taekwondo, Júnio Reis.
Para a coordenadora do EES, Katiussia Souza, o esporte educacional possibilita a inclusão independente das características de cada um. “Um dos princípios do esporte educacional é a inclusão de todos, independente das suas características físicas, gênero, crença e demais peculiaridades, todos são convidados e acolhidos no esporte educacional, e no Festival de Taekwondo não foi diferente. É muito gratificante assistir que todos se sentem incluídos, importantes e parte do todo, independente do desempenho, todos são vitoriosos, é esse o tipo de lição que queremos passar pra eles e para as famílias”, finalizou.