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28 de agosto de 2019O Governo do Amapá através do Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá — IEPA, inaugura nesta sexta-feira, 30, cinco novas ambientações dentro da exposição a céu aberto do Museu Sacaca, no centro de Macapá.
O evento denominado “Festa dos Povos” terá uma programação que vai de 09h às 17h, e contará com a participação de grupos de danças indígenas com os povos de várias etnias, grupos de marabaixo e batuque de Macapá e Mazagão, teatro, exposições, pinturas indígenas, artesanato, contações de histórias, exibição de documentários, atividades físicas e visitas monitoradas.
Dos novos espaços, três ambientações foram reconstruídas e revitalizadas; As casas indígenas Wajãpi e Palikur, além da “Sumaúma das Palavras”.
Já, a casa indígena Wayana e Aparai juntamente com o Espaço Multimídia serão inéditas dentro da exposição a céu aberto do Museu.
Os Recursos das três casas indígenas no valor total de 56 mil reais, foram provenientes da contrapartida financeira que o IEPA através do Núcleo de Arqueologia conseguiu, por garantir a preservação de materiais arqueológicos resgatados na área de impacto da Hidrelétrica de Santo Antônio do Jari.
Todas as três casas indígenas (Wajãpi, Palikur e Wayana e Aparai) foram erguidas pelos próprios povos das aldeias e a matéria-prima totalmente extraída de suas florestas.
A “Sumaúma das Palavras” e o Espaço Multimídia foram construídas através de parcerias com a iniciativa privada e por meio de eventos realizados pela Associação Amigos do Museu, juntamente com a coordenadoria do Museu Sacaca.
AS AMBIENTAÇÕES
Casa dos Povos Wajãpi — Pedra Branca do Amapari.
A casa familiar que os povos Wajãpi constroem é conhecida como “CASA JURA”. Sua estrutura é feita com esteios de aquariquara, o telhado com caibros de pau mulato, a cobertura com folha de ubim ou palha preta e o piso é feito de paxiúba.
A parte de cima da casa é usada para dormir, fica quase dois metros do chão sendo acessada por uma escada esculpida em madeira. A parte de baixo da casa serve para cozinhar, descascar mandioca, brincar com as crianças e realizar outras atividades.
Casa dos Povos Palikur — Oiapoque.
A arquitetura desta casa, foi construída com base no conhecimento dos mais antigos para representar um tipo de moradia que era utilizada por eles até a década de 60 e 70.
Esta casa é feita de armação com materiais que, na língua indígena são chamados de mekua, timoki e kawapi e tem em sua composição os seguintes materiais: casca de paxiúba e de açaizeiro, para confecção do assoalho; palha de Inajá, para cobertura do telhado e das laterais da casa; aquariquara, para confecção dos postes de sustentação; marupá, ou cedro para o travejamento e para vigas de sustentação; cipó titica para as amarrações e fixação das palhas de inajá.
Casa dos povos Wayana e Aparai — Tumucumaque e Laranjal do Jari.
De acordo com as tradições destes povos, para melhor organizar suas comunidades, a construção desta casa é de total responsabilidade dos chefes das aldeias.
Chamadas de tukusipan pelos povos Wayana e de parohtopo, pelos povos Aparai, a casa pertence ao chefe da aldeia. Seu espaço é destinado às relações entre as pessoas de um mesmo povoado, desenvolvidas no dia-a-dia.
Nesta casa é feita a distribuição de bebidas fermentadas, também são feitas as refeições em conjunto, reuniões, assembleias e servem também para receberem visitantes, que dormem nesse espaço quando estão de passagem.
Ela pode ser considerada como um espaço comunitário, e também o lugar onde ocorrem as danças com máscaras e com flautas. Lá, é onde são sepultados o chefe da aldeia e sua esposa.
Espaço Multimídia
O Espaço Multimídia foi criado com a finalidade de difundir documentários, imagens, sons e histórias que retratam fielmente o modo de vida dos povos amazônidas pela sua diversidade cultural e em especial os amapaenses, como também resultados de pesquisas científicas produzidas pelos diversos laboratórios de pesquisas do IEPA e assim enriquecer a sociedade com informações técnicas científicas e culturais.
Todos os desenhos e traçados feitos nas paredes da área interna e externa foram trabalhados pelos alunos e alunas da Escola de Arte Cândido Portinari, sob a coordenação da professora Jenifer Reis.
“Sumaúma das Palavras”
Considerada a “rainha da floresta”, mãe de todas as árvores, aos pés da majestosa sumaúma temos a “Sumaúma das Palavras”, ambiente onde crianças, jovens, adultos e idosos poderão interagir com a floresta do Sacaca, viajar no mundo da leitura, ouvindo o canto dos pássaros, sentindo a suave brisa no rosto e respirando conhecimento e cultura.
Considerada sagrada para os antigos “maias” e para os povos da floresta, a samaumeira, também conhecida como sumaúma, mafumeira e algodoeiro é a maior árvore da Amazônia, chegando a atingir até 70m de altura e seu tronco até 3m de diâmetro.
Os povos indígenas a consideram a mãe das árvores e suas raízes são usadas como comunicação pela floresta. Através de batidas em tais estruturas, o eco estende-se às grandes distâncias.
A programação completa do evento está disponível no site www.museusacaca.ap.gov.br.
Fotos: Divulgação
Serviço:
Festa dos Povos
sexta-feira – 30 de agosto de 19
De 09h às 17h
Museu Sacaca – Av. Feliciano Coelho, 1509 – Trem
Entrada Franca.
Informações (96) 99141-8420