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18 de novembro de 2019Tapumes e canteiro de obras começaram a ser instalados para a requalificação urbanística da praça Dom Pedro II, dentro das ações do projeto do “Manaus Histórica”, idealizado pela Prefeitura de Manaus, para promover o resgate da cultura e da identidade da capital. A obra foi licitada e tem previsão de conclusão no prazo de 300 dias. A revitalização do espaço, implantado sobre uma antiga área de sepultamentos indígenas com urnas de mais de 1,5 mil anos, de inspiração inglesa e com mescla de plantas exóticas, foi anunciada pelo prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.
“Temos várias joias da arquitetura de Manaus na praça Dom Pedro II, como o Museu da Cidade, totalmente instalado por nós e com recursos próprios, o Palácio Rio Branco, o hotel Cassina, que estamos restaurando e, bem ao lado, o prédio da antiga Câmara, também em restauro. E, agora, a praça também será totalmente restaurada, seu mobiliário urbano, iluminação, chafariz. Será a interligação com todo esses monumentos do entorno”, disse o prefeito ao visitar o local na última semana.
A obra foi licitada pelo Instituto Municipal de Planejamento Urbano (Implurb), com projeto elaborado em parceria com a Comissão Especial de Paisagismo e Urbanismo. A requalificação prevê ações para a praça, chafariz, coreto, pavimentação, sinalização, mobiliário urbano e paisagismo, visando adequar e recuperar o espaço para que seja um lugar de encontro, descanso e contemplação, permitindo ainda maior segurança aos usuários, conforto e acessibilidade.
“Sem dúvida é mais um importante elemento da cultura histórica de Manaus que será restaurado, valorizando ainda mais essa área tão significativa para a população. O resgate do Centro Histórico de Manaus promovido pelo prefeito Arthur é também o resgate do orgulho do povo manauara”, ressaltou o diretor-presidente do Implurb, Cláudio Guenka.
Projeto
Conforme memorial do projeto de arquitetura, um ponto fundamental na obra é a proteção do sítio arqueológico existente. Além da decisão técnica de isolar, através da impermeabilização, os caminhos entre os canteiros. Uma equipe de arqueólogos será mantida como suporte para monitoramento das obras.
Para a proteção do material arqueológico in loco, após remoção da camada de argamassa sem alteração no nível original da praça, ela receberá pedra carranca que vai melhorar acessibilidade a todos os transeuntes, além de ser antiderrapante e de fácil manutenção. A escolha do piso levou em consideração a não interferência no subsolo, não necessitando de compactação para sua aplicação.
Através de cores diversas em dois tipos de pedras, a carranca e o arenito negro apicoado, será possível fazer uma composição onde círculos farão alusão à possíveis locações das urnas cerâmicas, testemunhos de sepultamento.
Os postes cajado de São José, que estão compondo outras obras do centro histórico, serão mantidos no local com lâmpadas de LED. Os jardins receberão novo paisagismo, uma composição com vários espécimes, para uma formatação colorida, divertida e destinada à contemplação.
Para a composição do mobiliário, serão instaladas lixeiras dispostas na parte interna dos acessos da praça, do mesmo modelo já usado na Praça XV de Novembro, a Matriz.
Fotos: Nathalie Brasil, Alex Pazuello e Mário Oliveira / Semcom