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20 de fevereiro de 2020A Prefeitura de Manaus deu início, ainda de forma experimental, à introdução do bouganville, também chamado de buganvília, no paisagismo da cidade. A espécie é conhecida pela beleza da floração permanente, cores variadas e intensas, além da facilidade de adaptação ao clima amazônico. A proposta é uma iniciativa da Comissão Municipal de Urbanismo e Paisagismo, presidida pela primeira-dama e também presidente do Fundo Manaus Solidária, Elisabeth Valeiko Ribeiro, como forma de diversificar o paisagismo de logradouros públicos, utilizando uma espécie muito ornamental.
O primeiro local a ser contemplado pela ação foi a praça da Saudade, onde já foram plantadas 40, de um total de 80 mudas de buganvília, sendo 40 em espaços abertos e 40 em trechos do pergolado. As mudas são com as flores nas cores lilás, rosa e salmão.
“Essa é uma espécie muito popular em jardins de todo o mundo e queremos, agora, que Manaus ganhe a beleza e o colorido permanente das bouganvílias, que têm um forte apelo estético e alia beleza e rusticidade, sendo extremamente indicada para o paisagismo de uma cidade de clima quente como Manaus”, explica Elisabeth Valeiko Ribeiro, que é arquiteta e urbanista.
A intenção é que outros espaços, a exemplo dos parques da Juventude em áreas verdes, implantados pelo prefeito Arthur Virgílio Neto, também recebam a ação. Os parques integram o programa “Espaço Verde na Comunidade”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), e já contemplou 15 de mais de 30 áreas verdes de conjuntos habitacionais mapeadas e com estudos socioambientais realizados.
O secretário municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Antonio Nelson de Oliveira Júnior, afirma que o próximo passo é partir para a produção de mudas da espécie no Viveiro Municipal, que possam atender a demanda. As mudas são adquiridas por meio de medidas compensatórias firmadas em termos de ajustamento de conduta em casos de infrações ambientais cometidas por empreendimentos e pessoas físicas.
Segundo especialistas, as flores coloridas do bouganville são, na verdade, folhas modificadas, chamadas brácteas, que servem à estratégia de chamar a atenção para melhor atrair os polinizadores para suas inflorescências verdadeiras – brancas, bastante diminutas e sempre em grupos de três.
Origem do nome
É uma homenagem ao militar Luis-Antoine de Bouganville, que participou de uma expedição científica e levou exemplares de presente para Luís XIV, há mais de 240 anos. No Brasil, a planta possui variadas denominações, como primavera, ceboleiro, três-marias e flor-de-papel, entre outros. De fato, não se trata de uma única espécie, mas de um grupo de espécies e de indivíduos híbridos, com características misturadas por um método descoberto por um brasileiro, Emílio Bruno Germek.
Fotos – Arlesson Sicsú / Semmas