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13 de março de 2020Nas dependências do Centro Cultural João Fona (CCJF) prossegue a exposição Remando pela Amazônia. O cenário encanta os visitantes e turistas pela exibição das peças e criatividade. “O remo, um instrumento do cotidiano dos caboclos da Amazônia, que nos remete à saída e a chegada em algum lugar, e aqui na exposição vemos muitas histórias pelas variações da nossa cultura, desde a cerâmica à palharia, há muita criatividade em cada remo exposto”, observou a aluna do curso de Turismo do Instituto Federal do Pará (IFPA)/ Campus Santarém, Isabelly Marinho.
A percepção da aluna ao detectar as variações de linguagens artístico-culturais destacada na exposição é certeira. A artesã Ana Leal e participante do coletivo de artesãos que a organizaram em parceria com a pasta da Cultura no município, detalha sobre a peça produzida por ela.
Eu inspirei no legado deixado pela minha mãe, a professora Romana Leal, expressei com cerâmica sobre o folclore, o pássaro Garça. Na apresentação da dança chamada [Cordão de Pássaro], quando uma menina leva o pássaro feito em peça artística ornamentando no chapéu. E do outro lado do remo mais personagens desse folclore, o vigilante do pássaro, que é o pescador. Ele alimenta e zela pela segurança dos pássaros no folclore e nos rios da nossa Amazônia. E esse cenário produzido em cerâmica apliquei no remo”, explicou a artesã.
Entre o coletivo dos artistas ceramista está o paulista Carlo Cury, que muito contribuiu para a Exposição Remando pela Amazônia. Ele já realizou exposições anteriores no CCJF, individual, Maria Mãe de Todos e coletiva, a Sonoridade Ancestral.
A peça de madeira, o remo, transmite muito da vivência de raiz amazônica, a liberdade de ir e vir. E fortalece no fluxo dos trajetos pelos rios dessa imensa Amazônia. O uso da canoa e do remo dos antepassados ainda persiste”, disse Cury.
Sobre Carlo Cury
O paulista Carlo Cury é formado em Arquitetura pela Faculdade Belas Artes de São Paulo (SP). Mas foi nas artes plásticas que construiu carreira com uma extensa produção. O desenho foi uma de suas primeiras formas de expressão. Em 2012, participou da formação do grupo Ubuntu, na cidade de Caraguatatuba (SP), que reúne artistas plásticos na linguagem tridimensional. Este grupo desenvolve projetos coletivos como o “Projeto Origens”. Cury tem realizado pesquisas sobre a cerâmica de povos nativos no Pará, Amazonas, Mato Grosso do Sul e São Paulo, visitando museus e aldeias indígenas.
A exposição Remando pela Amazônia encerra em 30 de maio. O Centro Cultural João Fona (CCJF) fica localizado na Avenida Adriano Pimentel, s/n, na área da Praça Barão de Santarém, Bairro Prainha. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 08h às 18 horas.