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19 de março de 2020Acolher para incluir. Esse é o principal objetivo do Instituto Abílio Pontes, que atua desde 2017 buscando o fortalecimento dos vínculos familiares e o combate à vulnerabilidade social no bairro Redenção, na zona Centro-Oeste da cidade. Em 2018, a instituição foi contemplada com o fomento disponibilizado pela Prefeitura de Manaus, por meio do Fundo Manaus Solidária, no valor de R$ 180 mil, o que possibilitou a expansão das atividades.
“É gratificante ver que projetos sociais fomentados pelo Fundo Manaus Solidária estão cumprindo seu papel e dando melhores condições de vida às pessoas, gerando oportunidades que resultarão em um futuro melhor para as pessoas. Mais do que a atenção imediata, a prefeitura, em parceria com as organizações, busca contribuir para mudança de vida e na construção de uma sociedade melhor e mais igualitária para todos. O caminho é longo, mas está sendo construindo e isso é motivo de muita alegria para todos nós”, afirmou a presidente do Fundo Manaus Solidária, a primeira-dama Elisabeth Valeiko Ribeiro.
O projeto “Despertar da Melhor Idade – envelhecendo com alegria”, contemplado com o fomento, atualmente atende a 78 idosos, que antes estavam em situação de fragilidade física e social. Com o objetivo de oferecer autonomia a essas pessoas, a equipe do instituto procura realizar atividades que trabalhem a autoestima, o bem-estar e a qualidade de vida dos idosos.
As atividades do projeto, que incluem rodas de conversa, aulas de alfabetização e oficinas lúdicas de ginástica e inclusão digital utilizam materiais adquiridos com recursos do fomento. O repasse também possibilitou a climatização e expansão da estrutura física do local, além do aluguel de ônibus e a compra de equipamentos de informática, que auxiliam na realização das programações.
“A parceria com o Fundo Manaus foi fundamental para o crescimento do projeto, porque antes não tínhamos material suficiente para suprir a demanda e hoje conseguimos atender a todos. Adquirimos uma impressora maior, que possibilita a impressão de atividades em grande quantidade e fornecemos também os cadernos que eles utilizam”, disse a coordenadora do Abílio Pontes, Tatiana Oliveira.
Realizados sempre na última sexta-feira do mês, os passeios externos são aguardados com muito entusiasmo pelos idosos. Buscando criar um sentimento de independência, as excursões contribuem para que essas pessoas possam conhecer novos locais, histórias, pessoas e oportunidades. Durante o ano de 2019, o instituto também participou de uma das edições do projeto “Uma Tarde no Museu”, também coordenado pelo Fundo Manaus Solidária, que leva pessoas atendidas por organizações sociais ao Museu da Cidade de Manaus, no centro histórico.
Transformação
O tratamento inclusivo não se limita somente ao público da melhor idade. O Instituto Abílio Pontes possui também o projeto “A Esperança”, com foco no resgate de dependentes químicos, por meio do atendimento com a equipe de assistência social e psicologia, e que atua no encaminhamento para internação nos casos mais graves. Além disso, o instituto conta com o trabalho voluntário de um médico e uma fonoaudióloga, oferecendo atendimentos uma vez por semana, de forma gratuita.
Aliada ao bem-estar físico, a saúde mental dos idosos não é deixada de lado pelo instituto, que fornece atendimento psicólogo para aqueles que necessitam. “É gratificante ver a transformação de vida das pessoas que entram aqui em estado vulnerável e que, aos poucos, começam a ganhar qualidade de vida. Isso é muito satisfatório para mim como profissional, pois sei que a psicoterapia tem um papel fundamental nesse processo”, afirma a psicóloga do instituto, Ingred Marruche.
Francisca Mendes passou por um quadro de depressão e relatou que teve a vida transformada após chegar ao instituto.
“Vivia tendo pensamentos negativos e com um cansaço constante, mas depois que comecei a fazer as atividades físicas passei a ter mais energia e coragem. Todos realizam um atendimento maravilhoso, sinto-me realmente acolhida e venho sempre que posso porque, geralmente, os idosos são esquecidos, mas aqui nós somos reconhecidos”, diz a aposentada de 67 anos.
Frequentadora da instituição desde 2018, Teresinha da Silva, de 63 anos, procurou conhecer o trabalho realizado no local após sofrer com problemas físicos.
“Eu tinha um problema sério no joelho e isso me deixava com muita dificuldade para andar. Logo quando comecei a fazer ginástica, senti uma melhora e hoje consigo me locomover sem nenhum auxílio, então me sinto muito grata a todo mundo daqui”, comentou.
Fotos– Karla Vieira / Fundo Manaus Solidária