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24 de abril de 2020Em respeito a dor das famílias e pela preservação da memória daqueles que estão perdendo a vida para a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, a Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), enviou um ofício circular para órgãos de saúde, assistência social e do Poder Judiciário alertando sobre os procedimentos adotados no manuseio de corpos nos hospitais da capital amazonense e chamando atenção para que haja uma maior organização ao fazer a identificação das vítimas fatais.
“Nesse momento tão difícil, em que o número de mortos vem aumentando, é importante que nos hospitais se tenha o maior cuidado no momento da identificação dessas pessoas. A prefeitura vem tomando todos os cuidados possíveis para garantir a rastreabilidade dos sepultamentos, mas precisamos que haja segurança no acondicionamento de cada pessoa na hora de encaminhar ao sepultamento”, destacou o secretário da Semulsp, Paulo Farias.
A Semulsp é responsável por gerir os cemitérios públicos de Manaus, e por isso, buscou informar o Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas (TJ-AM), o Ministério Público o Estado do Amazonas (MP-AM), a Secretaria Municipal e Saúde (Semsa), a Fundação de Vigilância em Saúde no Estado do Amazonas (FVS), Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Amazonas (SSP) e Secretaria de Estado da Saúde do Amazonas (Susam), acerca de uma organização com maior rigor quanto ao controle dos corpos encaminhados aos cemitérios municipais pelos hospitais.
O ofício deixa claro que a Semulsp busca manter o controle com rigidez dos corpos encaminhados, porém, não tem atribuição de conferir cada corpo com o documento, porque em razão da pandemia, as autoridades sanitárias desaconselham contato físico com eventuais vítimas da Covid-19, por isso o documento solicita das autoridades um maior controle no acondicionamento, armazenamento e envio dos corpos aos cemitérios. O texto também reforça a necessidade de se encaminhar os corpos com identificação imediata, feita com etiqueta resistente e para que não corra risco de se desprender do invólucro, no caso de ser acomodado em câmara frigorífica até a hora da inumação.
Neste momento de pandemia, que sobrecarrega o sistema de saúde e também o sistema funerário, o ofício da Semulsp busca, além de organizar a identificação dos corpos, poder realizar um enterro digno, seguindo as determinações dos órgãos de saúde, e que possa preservar a memória dos mortos frente a seus familiares, garantindo a localização e organização correta dos sepultamentos.
Fotos – Alex Pazuello / Semcom