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26 de maio de 2020A visão é um dos sentidos de suma importância para as pessoas terem melhor percepção do mundo a sua volta, mas nem sempre recebe a atenção e o cuidado que merece, na qual pode apresentar doenças muitas vezes silenciosas, como o glaucoma. Em 26 de maio é realizado o Dia Nacional de Combate ao Glaucoma para conscientizar a população da importância de prevenir e cuidar as doenças oculares.
De acordo com o médico oftalmologista do Hapvida Saúde, Carlos Eduardo Sicchar, o glaucoma é uma doença ocular capaz de causar cegueira se não for tratada a tempo, pois 80% dos glaucomas não apresentam sintomas no início da doença.
“É uma doença crônica que não tem cura, mas na maioria dos casos pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão”, afirma.
De acordo com dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia é estimado que aproximadamente 2% a 3% da população acima dos 40 anos de idade tenha glaucoma no País. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa é que existam 76 milhões de pessoas com o problema este ano e o número ultrapasse os 111,5 milhões em 2040.
O número é bastante expressivo e reforça a necessidade de não descuidar mesmo em meio à pandemia de coronavírus. Para reforçar isso e contribuir com a conscientização, a Sociedade Brasileira de Glaucoma elaborou um material informativo com as principais orientações para portadores de glaucoma em tempos de Covid-19:
· Lavar bem as mãos antes de instilar o(s) colírio(s);
· Evitar sair de casa para comprar seus colírios ou qualquer medicação. Dê preferência ao serviço de entrega a domicílio das farmácias para não se expor desnecessariamente;
· Seguir os horários estabelecidos pelo seu médico oftalmologista para aplicação das medicações;
· A pressão intraocular (PIO) não costuma apresentar variações significativas em um curto espaço de tempo em pacientes em uso regular dos colírios. Sendo assim, não existe necessidade de pronto atendimento somente para medir a pressão ocular. Fique em casa;
· Até o momento, não existem evidências de que os colírios utilizados para o tratamento do glaucoma possam influenciar na infecção pelo coronavírus;
· Lembrando que tudo é muito novo, também não existem evidências até o momento de que as medicações utilizadas para o tratamento da infecção pelo coronavírus possam influenciar na evolução do glaucoma;
· Manter o uso regular de todos os colírios que compõe o seu tratamento;
· Cuidar bem da sua saúde em geral. O bom controle do diabetes, da pressão arterial, entre outros, é essencial neste momento.
Principais causas
A patologia tem origem variada, cuja a principal é o fator genético. Pesquisas apontam que filhos de portadores de glaucoma têm de 6 a 10 vezes mais chance de desenvolvê-lo. Além disso, a idade avançada também contribui para elevar os riscos. No geral, a incidência aumenta a partir dos 40 anos, chegando a 7,5% aos 80 anos.
Usuários de medicamentos como colírios com corticoides sem acompanhamento médico também devem tomar cuidado, haja vista que eles podem causar aumento da pressão intraocular. A atenção ainda deve ser redobrada em diabéticos, cardiopatas, vítimas de trauma ou lesão e pessoas de etnia africana ou asiática.
Sintomas
O oftalmologista explica que para cada tipo de glaucoma, os sintomas variam e podem até nem existir num primeiro momento, como no caso do mais comum que é o glaucoma de ângulo aberto, assintomático no início.
No entanto, alguns sintomas são perceptíveis e os pacientes devem ficar atentos, como dor nos olhos ou perda da visão periférica. O caso mais delicado e que requer maior atenção dos pais é o caso do glaucoma congênito, onde a criança
Alerta
O médico afirma que a doença é comum se apresentar com mais frequência em pacientes acima dos 40 anos. No entanto, o olho com glaucoma pode ocorrer em pessoas com qualquer idade.
“Por ser quase sempre assintomático, o glaucoma é muitas vezes percebido apenas em consultas oftalmológicas de rotina. Devido a esse diagnóstico precoce é importante ter periodicidade às consultas ao especialista”, enfatiza o médico.