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9 de julho de 2020O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou, nesta quarta-feira (8), que o trabalho desempenhado pelo Governo do Pará no combate ao novo coronavírus é um dos melhores realizados no país.
Mourão acredita que o Estado acertou ao desenvolver medidas preventivas e ações focadas no tratamento de pacientes logo na identificação dos primeiros sintomas do vírus.
A afirmação do vice-presidente da República foi feita no final da reunião de trabalho do Conselho Nacional da Amazônia Legal com a cúpula do governo do Estado e membros do setor produtivo local.
“Agradecer ao Governo do Pará por, em meio à pandemia, ter mantido a determinação, ter tido paciência e ter clareza no que queria fazer e, como consequência, ter adaptado a capacidade do sistema hospitalar aos efeitos da doença. O Pará hoje vive uma situação muito melhor que a maioria dos estados brasileiros, fruto deste trabalho” – Hamilton Mourão, vice-presidente da República.
Mourão também falou da retomada gradual da economia.
“Vai chegar o momento da gente retomar as atividades, sempre lembrando que teremos que manter essas medidas de proteção por muito tempo, ou seja, até que a medicina nos dê uma vacina ou medicamento que seja totalmente eficiente”, diz.
Elogios
No final do último mês de maio, em visita ao Pará, o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, vistoriou as instalações de algumas unidades de saúde do Estado. O objetivo foi conhecer a realidade dos hospitais, as necessidades da população e as demandas da cidade e do interior, além de alinhar ações estratégicas conjuntas para ampliar o combate ao coronavírus.
“Me impressionou o trabalho desenvolvido pela Policlínica com as ações de triagem. É uma medida que estamos discutindo no Ministério da Saúde e que já vem sendo feita pelo governo do Estado. É algo muito resolutivo e estou levando como exemplo para a gente poder implantar também onde tem maior incidência no país”, destacou Pazuello.
Reconhecimento
Um dos maiores especialistas do país em coronavírus e ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, também visitou o Pará no mês de maio e, após conhecer o trabalho desenvolvido no Estado, avaliou que o Governo está no caminho certo. Na época, Mandetta avaliou que o Estado teve um aumento no número de casos no mês de abril, passou por um estresse, mas respondeu, atendendo a demanda reprimida.
“Com uma boa dose de sacrifício da sociedade, de fazer a diminuição da mobilidade para diminuir a transmissão, parece que tá agora em um ‘platô’ com tendência de queda”, ponderou na época.
Modelo paraense
De acordo com técnicos da Secretaria de Saúde do Estado (Sespa), o período mais crítico do novo coronavírus no Estado ocorreu de 20 de abril até a primeira semana de maio, quando os serviços de saúde, privados e do município de Belém, colapsaram e fecharam suas portas para novos atendimentos da Covid-19.
Neste período, o governo do Estado optou por tornar porta-aberta dois serviços de referência da capital paraense, a Políclinica Metropolitana de Belém e o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), que atenderam cerca de 50 mil pessoas em menos de um mês e continuam com os atendimentos, mas em menor escala. Ainda na capital, funcionando como retaguarda, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) também atendeu exclusivamente pacientes de Covid-19.
Além destas medidas, o Estado ocupou parcialmente outras unidades hospitalares e antecipou a entrega do Hospital Regional de Castanhal, com 120 novos leitos. Uma outra estratégia importante é a interiorização dos serviços de assistência básica de saúde no combate à Covid-19 ofertados pelo Governo do Pará, com a Policlínica Itinerante, que percorre as mais diferentes regiões do Estado.