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2 de setembro de 2020O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) divulgou, nesta terça-feira (1), o balanço da terceira fase da Operação Amazônia Viva, realizada no Pará entre os dias 17 e 29 de agosto de 2020. A Operação, que faz parte da Força Estadual de Combate ao Desmatamento e Queimadas, apresentou a maior redução de desmatamento em sua terceira etapa, com a diminuição de 59% nas áreas estaduais, quando relacionado ao mesmo período de 2019.
Na segunda fase da Operação, a Semas apresentou a diminuição de 7% do desmatamento na área total do Estado. Nas áreas estaduais, onde a Força de Combate atua, a redução foi de 27%, em relação ao ano passado. “Na terceira fase, o resultado subiu exponencialmente. Enquanto em 2019, nesse mesmo período, foram registrados 203 km² de desmatamento nas áreas totais do Estado e 103 km² nas áreas estaduais. Em 2020, foram registrados 87 km² nas áreas totais do Estado e 43 km² de desmatamento nas áreas estaduais. Essa redução representa a redução de 57% de desmatamento nas áreas totais do Estado e de 59% nas áreas totais”, informa o titular da Semas, Mauro O’de Almeida.
Seis frentes de trabalho integraram a terceira fase da Operação – Uruara, Anapú, Pacajá, Itaituba, Novo Progresso e São Félix do Xingu. Foram apreendidos 424,18 m³ de madeira, sendo 185,21 m³ em tora, 204 m³ de serrada e 34,97 m³ de estaca. As madeiras apreendidas podem ser doadas para instituições de caridade, órgãos estaduais ou municipais ou leiloadas.
Entre os equipamentos apreendidos, estão seis tratores, dois caminhões e uma balsa draga. A operação também realizou oito perícias, quatro flagrantes, 14 Termos Circunstanciados de Ocorrências (TCOs), e quatro Inquéritos Policiais (IPLs). Nove pessoas foram presas e uma serraria foi interditada.
De acordo com as informações da Semas, uma área de 38.931,50 hectares foi embargada por desmatamento ilegal. Foram apreendidos seis tratores, dois caminhões, uma balsa draga, 27 armas de fogo, 36 motosserras, 62 munições para arma de fogo, um gerador, dois pulverizadores, um soprador, um correntão, 12 litros de óleo diesel, uma serra fita e um guincho. Além da inutilização de cinco acampamentos, um trator, um caminhão, um gerador e 7,78 m3 de madeira diversa.
Segundo o titular da Semas, a atuação da Secretaria precisa de mais apoio, sobretudo, do Governo Federal.
“Considerando que as áreas federais totalizam quase 70% do território paraense, carecemos de uma atuação conjunta, com recursos federais para avançar ainda mais e alcançar resultados mais expressivos nessas áreas”, ressalta.
Os municípios de Altamira, São Felix do Xingu, Itaituba, Novo Progresso, Jacareacanga, Pacajá, Portel, Senador José Porfírio, Novo Repartimento, Trairão, Rurópolis, Uruara, Anapú, Santarém e Placas ocupam os primeiros lugares do ranking do desmatamento do Estado e são focos da Amazônia Viva, a partir de monitoramento realizado por satélite, segundo a Semas.
“Temos que manter a prática da presença do Estado, porque só assim quebramos a rotina de crimes ambientais, com a cultura de fiscalização permanente. Nós temos voltado com frequência nos municípios, o que é inédito”, assegura o Secretário. A terceira fase da operação contou, ao todo, com mais de 150 profissionais, divididos em seis equipes.
A operação foi realizada de forma integrada entre a Semas e Secretária de Segurança Pública do Estado, com a participação das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar (CBMPA), Centro de Perícias Renato Chaves (CPC), Defesa Civil, Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio) e Graesp. A quarta fase da operação já está sendo planejada e deve ocorrer a partir da primeira quinzena do mês de setembro.
PRIMEIRA FASE – No mês de junho de 2020, foi realizada a primeira fase da operação “Amazônia Viva”, que apreendeu 17 motosserras, nove veículos (entre escavadeiras e caminhões), 11 armas de fogo. Foram registradas a destruição de três acampamentos improvisados e a interdição de três garimpos clandestinos para extração de ouro. Também foram realizados 14 flagrantes de crimes ambientais. A soma das áreas desmatadas irregularmente que foram embargadas durante a operação chegou a 316km². Clique aqui e saiba mais.
SEGUNDA FASE – A segunda etapa da operação ocorreu em julho de 2020 e alcançou 29.409 hectares de área validada para embargo; apreensões de 2.751 m³ de madeira em tora, 719 m³ de serrada e 37 m³ de estaca, 10 tratores, cinco caminhões, um reboque, uma caminhonete e uma motocicleta, 35 motosserras, duas placas solares, quatro rádios comunicadores, 11 armas de fogo e 38 munições, 18 acessórios para beneficiamento de madeira, três correntões e dois sopradores. A operação também realizou quatro flagrantes e 23 Termos Circunstanciais de Ocorrências (TCOs), que provocaram a prisão de seis pessoas e oito Inquéritos Policiais (IPLs). A equipe ainda atuou em 10 combates a queimadas e incêndios e 22 perícias, inutilizou ou destruiu 10 acampamentos, sete tratores, três bases de serrarias móveis e outra serraria tipo induspam, um motor de lavra garimpeira e 616 m³ de madeira. Clique aqui e saiba mais.
Crédito: Marcelo Seabra / Ag. Pará