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24 de setembro de 2020Até o final do ano, o Pará ganhará o primeiro laboratório da Amazônia especializado em avaliar a qualidade sensorial do cacau produzido no Estado. O espaço funcionará no Centro de Valorização Agroalimentar de Composto Bioativos da Amazônia(CVACBA), localizado no Parque de Ciência e Tecnologia(PCT) Guamá. O espaço dará suporte aos produtores que queiram conhecer os seus produtos e ao mesmo tempo valorizará a sua amêndoa, que terá certificação que garanta características como cheiro, odor, cor e textura do produto.
A equipe do Procacau da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) visitou nesta quarta-feira as instalações do futuro laboratório e pôde conhecer também o trabalho que é realizado no CVACBA. Também participaram os representantes da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet).
O laboratório, como informou o secretário adjunto de desenvolvimento agropecuário e da pesca, Lucas Vieira, está sendo construído com recursos do Fundo de Desenvolvimento da Cacauicultura do Pará (Funcacau) e será mais um passo importante para a cadeia do cacau no estado. A previsão é que as obras sejam concluídas até o final de outubro. A equipe conheceu todos os espaços que funcionarão dentro do laboratório. Também houve a visita aos demais setores que funcionam dentro do CVACBA.
O tour foi conduzido pelo professor Jesus Souza, diretor técnico do CVACBA e pelos alunos de Mestrado, Niara Silva e Renato Santos. O pesquisador e diretor do centro, Herve Rogez, também participou da programação onde fez uma breve explanação aos visitantes sobre os trabalhos realizados pelo centro. Ele explicou que o centro desenvolve pesquisas de aperfeiçoamento e qualidade dos frutos com foco nos benefícios à saúde dos consumidores. Entre eles, o cacau e o açaí.
O secretário adjunto da Sedap, Lucas Vieira, informou que atualmente quando o produtor que fazer uma análise o lugar mais próximo que conta é na Bahia. Ele ressaltou que trata-se de um grande avanço para a cadeia. “Pudemos ver hoje a parte de pesquisa sendo feita bem como os bolsistas que já estão estudando tanto a análise sensorial como a fitossanitária. Foi importante ver como os recursos estão sendo empregados de forma correta e cujo projeto foi aprovado pelo conselho gestor do Funcacau”.
Incentivo- É importante que o produtor tenha consciência da necessidade de fazer a análise sensorial do seu produto, segundo explicou o Jesus Souza. Através dela pode melhorar a qualidade do produto caso esteja abaixo da qualidade esperada; e se ele já faz com uma boa qualidade, isso vai ser valorizado na hora da venda”, destaca.
O laboratório atualmente está em fase final da implantação da norma ISO 17.025 (que são normas analíticas realizadas por determinados laboratórios). “Como trata-se de uma ISO, é reconhecida internacionalmente. Então o produtor vai ter opção de fazer análise em laboratório com essas qualificações. Qualquer comprador vai valorizar essas amêndoas que foram certificadas por aqui”, garantiu.
Além das análises sensoriais o CVACBA faz também a parte de caracterização física e físico-química. “A gente fecha tanto o lado de qualidade exigido pelo Ministério da Agricultura mas também o lado exigido pela indústria do chocolate”.
Texto: Rose Barbosa