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14 de outubro de 2020Adolescentes e mobilizadores do Selo UNICEF (2017-2020) de nove estados da Amazônia Legal participam, neste mês de outubro, do Encontro Regional on-line de Adolescentes. O evento começa no dia 14 de outubro, com municípios do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima. No dia 21 de outubro, o encontro avaliativo reúne os estados do Amapá, Mato Grosso, Pará e Tocantins. A agenda finaliza no dia 28 de outubro, com o estado Maranhão. Todos os eventos vão ocorrer via Google Meet, das 16h às 18h (horário de Brasília).
O objetivo desses encontros é avaliar a metodologia de mobilização de adolescentes por meio dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes (NUCAs) ou Juventude Unida pela Vida na Amazônia (JUVAs) nos municípios para as próximas edições do Selo UNICEF.
“A participação de adolescentes, por meio dos NUCAs/JUVAs ou qualquer outra forma de organização e mobilização por seus direitos, visam fazer com que suas vozes sejam escutadas e que propostas sejam incluídas na implantação de políticas públicas na gestão local. Por isso, convidamos todos os municípios a participarem, junto com os adolescentes, dos encontros virtuais que iremos realizar, como parte do nosso esforço no fortalecimento dessas formas de engajamento de adolescentes”, salienta a Chefe do Território Amazônico do UNICEF, Anyoli Sanabria.
Os NUCAs e JUVAs são grupos formados nos municípios, atuantes nas edições do Selo UNICEF, e reúnem uma rede – plural, diversa e representativa – de meninos e meninas. É um espaço de mobilização e participação de, pelo menos, 16 adolescentes, entre 12 a 17 anos. A partir das metodologias propostas, os integrantes dos grupos discutem questões indispensáveis sobre seus direitos, implementam ações e levam suas reivindicações à gestão pública municipal.
A mobilização e engajamento dos adolescentes é algo recente nos municípios e visa possibilitar o conhecimento de novos temas, discutir sobre o local onde vivem e seus problemas, compartilhar vulnerabilidades e debater sobre seus direitos. A promoção de encontros, por sua vez, tem se mostrado indispensável, já que sem participação social não há efetiva garantia dos direitos de crianças, adolescentes e jovens. Nesta edição do Selo UNICEF, 1.548 municípios garantiram a criação de NUCAs ou JUVAs, formando uma rede com 24.768 adolescentes na Amazônia e no Semiárido Brasileiro.
Cada núcleo pode criar sua própria identidade como, por exemplo, definir o nome para o ambiente de discussão. O essencial é que meninos e meninas consigam expressar suas ideias, apontar suas principais necessidades para seu desenvolvimento e dialogar com gestores municipais, lideranças comunitárias, professores, familiares e adolescentes no esforço de propor ou fortalecer políticas públicas.
Os desafios propostos pelo Selo UNICEF são oportunidades para que os adolescentes possam ter acesso a mais informações e para se engajarem e colaborarem com o exercício da democracia, propondo avanços aos serviços e às políticas públicas que influenciam nos municípios do Semiárido e da Amazônia.
Thaisa Pereira, 16, participante do núcleo de adolescentes de Vargem Grande, no Maranhão, ficou mais comunicativa depois que ingressou no grupo. “No NUCA, eu e os demais adolescentes somos ouvidos, a gente sempre tem vez e voz. Então, a partir disso fazemos juntos com os outros jovens e adolescentes vários projetos”, explica Thaisa.
Na garantia desse processo de mobilização e participação cidadã de adolescentes nos municípios, é pertinente a participação de uma pessoa que colabore e facilite para que esse processo ocorra, alguém ligado à gestão municipal e que se identifique com o trabalho. Por isso, esta edição do Selo recebeu ainda mais força do que edições anteriores. Pela primeira vez, o UNICEF convidou os municípios inscritos na certificação a indicar um(a) mobilizador(a) de adolescentes e jovens para apoiar as ações dos núcleos de cidadania.
Foi um desafio para os mobilizadores, mesmo amparados pelo Guia do(a) Mobilizador(a) de Adolescentes, desenvolverem de forma atrativa as temáticas sobre o direito ao esporte inclusivo; direito à alimentação saudável; direito à aprendizagem; direito à inclusão digital com segurança; direito à cidadania; direito à educação; direito a uma vida sem racismo; direito à saúde sexual e saúde reprodutiva. Cada um desenvolveu suas próprias técnicas para motivar a participação, criatividade, habilidades e atitudes que contribuem para o desenvolvimento integral de adolescentes durante os encontros presenciais e virtuais, durante a pandemia do coronavírus.
O mobilizador de adolescentes também contribui para garantir a realização do direito à participação cidadã, bem como o enfretamento de vulnerabilidades e desigualdades que afetam a vida dos adolescentes e jovens, principalmente, as reivindicações de melhoria nas condições de vida em seu município. Muitas dessas exigências se manifestaram a partir das discussões dos temas dos desafios em questão e foram levadas aos gestores municipais para que as considerassem em suas decisões.
“Quando somos capazes de abrir espaços para a participação social de adolescentes e jovens, somos também privilegiados pelos frutos dessa boa escolha. A participação social dos adolescentes traz algo diferente para nossas ações, projetos e campanhas. Eles são inovadores, criativos, inteligentes e capazes de transformar o cenário atual. O meu município avançou em todos os aspectos. Dando voz aos adolescentes, fomos capazes de conhecer de perto suas necessidades e perceber suas grandes habilidades e potenciais”, explica Wandinha Soares, 24, mobilizadora de Alto Alegre do Pindaré, no Maranhão.
Para o UNICEF, é fundamental a continuação do NUCA, mesmo depois que o prazo para a realização dos desafios, desta edição da certificação, esteja concluído. É valoroso, ainda, que os núcleos de adolescente, nos municípios, tenham continuidade para além da iniciativa do Selo UNICEF.