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16 de novembro de 2020Resultados de um estudo apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) demonstraram que é possível desenvolver materiais de fontes renováveis, de forma sustentável e com potencial para aplicação na área médica. Esses materiais poderão ser utilizados como curativos em pacientes queimados que necessitam inibir infecções, no desenvolvimento de membranas funcionalizadas com nanopartículas de prata, filtração seletiva de líquidos, recuperação de íons metálicos, engenharia de tecidos (regeneração da pele), sensores, entre outros.
O estudo foi coordenado pela professora e doutora em Química, Karen Segala, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), por meio do Programa de Apoio à Pesquisa (Universal Amazonas) da Fapeam. A pesquisa buscou desenvolver membranas à base de celulose, polímero produzido por seres vivos ou obtido a partir de matérias-primas de fontes renováveis, que podem ser encontradas desde na estrutura do DNA até em produtos usados para a fabricação de embalagens plásticas. Celulose, amido, quitina, proteínas, DNA são exemplos de biopolímeros.
Os biopolímeros são uma alternativa realmente favorável, já que substituem os materiais derivados do petróleo pelos de origem renovável, reduzindo os impactos ao meio ambiente. A relação custo-benefício dos biopolímeros também é bem vantajosa que a dos polímeros do petróleo, uma vez que materiais de fontes naturais renováveis costumam ser mais baratos, além de menos prejudiciais ao meio ambiente, explica a pesquisadora.
Nanopartículas – Karen Segala destaca que o projeto está diretamente ligado ao desenvolvimento de materiais com grande potencial de uso no tratamento de pacientes com queimaduras graves, pela utilização de membranas biopoliméricas à base de celulose contendo nanopartículas de prata com alto poder antimicrobiano.
“O uso de nanomembranas com prata para o tratamento de feridas na pele proporciona melhor conforto ao paciente porque reduz o número de aplicações e doses de antibióticos, diminuindo os efeitos colaterais. Nanoestruturas com propriedades magnéticas que também foram estudadas nesse projeto possuem notáveis aplicações em biomedicina, em especial agentes de contraste em imagens por ressonância magnética, diagnósticos e no desenvolvimento de dispositivos que possam ser utilizados na liberação controlada de drogas”, relata.
Fomento – O Programa Universal Amazonas apoia com recursos financeiros atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação, em todas as áreas de conhecimento.
FOTOS: Acervo da pesquisadora Karen Segala