Companhia de dança amazonense tem documentário exibido no Canadá
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4 de janeiro de 2021O projeto será feito no ambiente virtual e tem objetivo de unir artistas da cultura local
Com a pandemia do novo coronavírus (Covid-19), entre as principais medidas de controle e prevenção, sob a orientação dos órgãos sanitários, foram o uso de máscara, utilização de álcool em gel e o distanciamento social. Os eventos com a presença do público não puderam acontecer e consequentemente o setor cultural foi altamente prejudicado.
Os artistas tiveram que se reinventar e desenvolver estratégias midiáticas para expor sua arte/ produto cultural. As diferentes linguagens, conceitos e concepções artísticas adentraram-se no universo da redes sociais. Neste momento, o público seria o internauta, e as lives show, ou lives culturais tomaram conta da Web. Acompanhando o novo modelo do “fazer cultural”, os coreógrafos, Elifas Matos, André Durand, Jasson Fonseca e Lenne Soares também se adaptaram e desenvolveram um projeto voltado para aulas de dança virtual.
O projeto, autoria do professor André Durand, licenciado em Dança pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), junto a Companhia de Dança “The Fusion Norte Company”, foi contemplado pela Lei Aldir Blanc, no edital do Prêmio Manaus de Conexões Culturais 2020, na categoria Dança, da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) da Prefeitura de Manaus.
Os professores adotaram o ensino/aprendizagem por meio de vídeos chamadas, vídeos gravados em plataformas digitais mídias e lives, dentro de um espaço preparado para o ensino da dança, como salas de aulas, quadra de esporte e academias.
André Durand, idealizador do projeto, destaca que a ideia é valorizar a cultura e juntar inúmeros profissionais da dança em um único espaço.
“Nossa cidade habitada por pessoas que constroem uma realidade a partir de sua vivência, onde nesta proposta seria mais valorizada se houvesse mais projetos direcionados à sociedade, colocando à disposição alternativas culturais que contribuíssem para a valorização cultural manauara. Desta forma teremos um leque de possibilidades de aprendizagem em qualquer categoria na arte da dança”, comentou.
A iniciativa abrange estilos de dança como: dança do café, carimbó, quadrilhas, boi-bumbá, ciranda, dabke libanês, dança indiana Bollywood, dança espanhola, belly fit, dança do ventre, danças gaúchas e entre outras.
Pontapé inicial – As primeiras aulas aconteceram em novembro a dezembro de 2020, na quadra da Escola Estadual Cid Cabral da Silva, localizada na rua M, conjunto Canaranas, Cidade Nova, zona Norte de Manaus, em parceria com a direção da unidade.
O projeto também aconteceu no calçadão da Ponta Negra, zona Oeste da capital, que contou com a interação das pessoas que passavam no local e respeitando as regras de prevenção da Covid-19.
André ressalta a importância de dar voz e vez aos profissionais da dança que trabalham em prol da cultura local.
“É muito gratificante poder contribuir para a qualidade de vida dos fazedores de danças populares brasileiras e danças populares internacionais na capital amazonense. Isso inclui coreógrafos, ensaístas, alunos de escolas públicas, conhecedores de notório saber. Vamos oferecer amplo conhecimento coreográfico a sociabilidade e poder refletir os diversos aspectos culturais de nossos povos e de outros povos”, conclui.
Sobre o The Fusion Norte Company – O grupo abrange estilos de dança como jazz, danças populares nacionais e internacionais e danças urbanas.
É coordenado pelos coreógrafos André Durant e Elifas Matos, e conta com pessoas de 15 a 45 anos no elenco.
A companhia já participou de vários, entre eles, o Festival de Dança de Joinville, Santa Catarina, e no Festival da Canção de Itacoatiara (Fecani), no interior do Amazonas.
Foto: Divulgação