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16 de março de 2021O mês de março é marcado pela campanha de conscientização sobre os cuidados e prevenção às doenças renais. A doença, que causa prejuízos à saúde em humanos, também acomete os pets. Por isso, o Março Amarelo, como a campanha é denominada, também serve de alerta para os cuidados com os animais.
De acordo com a coordenadora do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Fametro, Marina Pandolphi Brolio, as doenças renais estão entre as principais causas de óbito de cães e gatos, a partir dos sete anos de idade. Ela explica que a doença renal costuma ser silenciosa e, por ter essa característica, os tutores só percebem que há algo errado e procuram o médico veterinário quando o quadro está avançado e o problema já é crônico. Marina alerta que o diagnóstico precoce pode proporcionar melhor qualidade de vida para o pet.
Segundo Marina Pandolphi, há situações em que a perda ou comprometimento da função renal é temporária, classificada como Insuficiência Renal Aguda (IRA), passível de ser tratada e combatida. Entretanto, a coordenadora ressalta que nos casos de Doença Renal Crônica (DRC) não há cura.
A IRA pode ser causada por hemoparasitose em cães, como a popular doença do carrapato, e por leptospirose.
“Nestes casos, se a doença for tratada a tempo, com medicamentos adequados, o animal pode se recuperar completamente. Mas, se as lesões causadas nos rins pelos agentes infecciosos comprometerem de forma definitiva mais de 75% da capacidade do órgão, mesmo após o controle da infecção, a doença renal se torna crônica”, explicou.
As nefropatias (doenças renais) têm diversas causas. Podem ser desencadeadas, por exemplo, por doenças infecciosas, processos inflamatórios, parasitas, intoxicação por substâncias químicas, como medicamentos e, também, por traumatismos. Podem ser, ainda, consequência de doenças de causas genéticas – congênitas, hereditárias e autoimunes.
Com os rins comprometidos, o organismo não consegue exercer suas funções fisiológicas essenciais, como prevenir a perda excessiva de água, manutenção do equilíbrio do ácido básico e excretar compostos nitrogenados resultantes do metabolismo. O paciente com problema renal tende à desidratação e ao acúmulo no sangue de ácidos e de substâncias que deveriam ser eliminadas na urina, como a ureia e a creatinina.
Prevenção – A adoção de hábitos saudáveis é muito importante para prevenir as doenças renais. A orientação é deixar água limpa e fresca à disposição do animal e sempre que possível estimular a prática de atividades físicas e brincadeiras. É preciso ficar atento para que seja medicado contra parasitas intestinais, pulgas e carrapatos, manter a carteira de vacinação atualizada e oferecer uma dieta rica e balanceada, com rações super premium específicas para a idade e o porte do animal. É recomendado, também, consultas de rotina ao médico veterinário, para prevenção e diagnóstico precoce das doenças.
A veterinária pontua que os tutores devem ficar atentos às mudanças comportamentais dos pets, que podem estar associadas a problemas renais, como por exemplo, aumento da ingestão de água, alteração no volume diário de urina para mais ou menos, alteração na cor e na consistência das fezes, náuseas, vômito, diminuição do apetite, mau hálito, cansaço, fraqueza e desânimo.
“Esses sintomas estão presentes em outras doenças também. Por isso, é importante procurar um médico veterinário. Apenas o profissional é habilitado para diagnosticar ou excluir a doença renal”, afirmou.
Sem diagnóstico e tratamento adequados, as doenças renais podem causar comprometimento cardiovascular, digestivo, neurológico e o desenvolvimento de anemias. O diagnóstico das nefropatias ocorre através de exames de imagem, como raio x e ultrassonografia e testes de sangue e urina.
Apesar de não haver cura para o estágio crônico, é possível desacelerar a progressão da doença e minimizar os sintomas através de protocolos terapêuticos, adequação da dieta e uso de suplementos nutricionais adequados.