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8 de agosto de 2021O Dia Nacional da Saúde, comemorado na última quinta-feira, 05/08, é uma homenagem ao médico e cientista Oswaldo Cruz, por sua preocupação com a saúde pública, educação sanitária e, principalmente, o combate às doenças transmissíveis. Infelizmente, o cenário atual é muito semelhante ao vivido pelo especialista em sua época.
O mundo enfrenta a pandemia do novo Coronavírus, que gerou uma das maiores crises sanitárias e humanitárias da história, e para o SIMEAM (Sindicado dos Médicos do Amazonas) a data traz, em vez de comemoração, algumas reflexões, como a importância do Sistema Único de Saúde (SUS), a valorização dos profissionais de saúde, e também dos cuidados com a própria saúde.
Manaus foi a primeira capital brasileira a colapsar na primeira onda de explosão de casos de Covid-19, em março de 2020, com unidades de saúde lotadas e expostas ao vírus, falta de leitos clínicos e de UTI, e faltou até o básico para o atendimento aos pacientes e Equipamento de Proteção Individual (EPIs) para os trabalhadores da linha de frente.
“Recebemos várias reclamações sobre a falta de máscaras, luvas, gorro, capote, utensílios básicos e necessários para a proteção dos nossos trabalhadores que desde o início atuam na linha de frente da pandemia, colocando suas vidas em risco”, listou o presidente do SIMEAM, Dr. Mario Vianna, acrescentando “isso mostra que não aprendemos nada com a história, pois, não se faz saúde sem profissionais de saúde”.
Mario Vianna cobra por mais valorização e proteção dos profissionais de saúde, e reforça o alerta de especialistas para riscos de pandemias globais mais graves e aponta caminhos para reduzir perdas de recursos humanos. Mais de 60 médicos morreram durante a pandemia em consequência da Covid-19, segundo levantamento feito pelo sindicato, até março de 2021.
“Não podemos aceitar que nossos guerreiros sejam enviados para o campo de batalha sem garantias e sem a proteção necessária. As autoridades devem garantir aos trabalhadores e seus familiares benefícios em caso de morte ou invalides. Soma-se a isso, a necessidade do país já ter fabricação própria de insumos estratégicos de saúde, como EPIs, respiradores e outros para que não se repita o que aconteceu durante o pico da pandemia e até antes”, diz Vianna.
O presidente o SIMEAM lembra que antes da pandemia já denunciava a falta de EPIs, medicamentos e estrutura adequada para os trabalhadores da área da saúde e a população.
“Em de 2019 fomos ao Ministério da Saúde expor as dificuldades enfrentadas pelos profissionais, principalmente os que atuam na urgência e emergência, porta de entrada para os casos mais graves das unidades hospitalares”, recordou.
A falta de insumos estratégicos de saúde é um dos temas que serão abordados no 4º Congresso Internacional de Saúde do Interior e Fronteiras, de 12 a 15 de novembro, na Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em Manaus. O evento promovido pelo SIMEAM vai reunir autoridades e especialistas de diversas áreas da saúde para discutir a pandemia e a carreira médica como fator estruturante para saúde do interior.