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10 de agosto de 2021Dois registros foram feitos na última quinta-feira (5), no Parque Estadual do Utinga (Peut), do Araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus), tucano que pertence a família Ramphastidae, que engloba os tucanos e araçaris. Espécie de extrema importância para o parque, pois faz parte da lista de ameaçados de extinção.
A primeira aparição foi durante a aula prática do Curso de observação de aves realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e Secretaria de Estado de Turismo (Setur).
Segundo o professor Danielson Aleixo, que ministrou o curso, durante a aula prática, ele e os alunos estavam se deslocando por uma floresta de capoeira e um dos alunos identificou um Araçari que estava em uma copa de uma árvore entre as folhagens.
Ainda conta que olhou pelo binóculo e viu que o pescoço era vermelho e depois discutiu com os alunos sobre a ecologia e comportamento da ave e que era uma espécie ameaçada de extinção.
“Na aula teórica eu mostrei pra eles as 3 espécies de Araçari, chamando atenção para a diferença morfológica entre eles que é no bico, sendo que uma espécie em o bico riscado, outra o bico branco”, explicou Danielson.
A segunda vez foi vista pelo biólogo, Arnold Maia, fala que avistou a espécie na quinta-feira, por volta das 16:20h, perto do rio Água Preta, um bando com cinco indivíduos se alimentando de ajiru nas capinaranas. Encontrei durante as atividades de monitoramento do projeto “Flora do Utinga”.
O biólogo explica ainda que, por se tratar de uma espécie que está em perigo, encontrar um bando como esse significa dizer que o Parque Estadual do Utinga é uma unidade de conservação que protege a biodiversidade, então, preservar o parque, as capinaranas, onde eles se, alimentam é fundamental.
Ivan Santos, gerente da região de Belém, conta que o avistamento dessas espécies em extinção no parque mostra a importância da preservação do meio ambiente e do nosso papel na gestão das unidades de conservação, protegendo as florestas e consequentemente a fauna existente, sendo primordial para isto o desenvolvimento de ações de educação ambiental e de ecoturismo para estimular a prática de observação de aves.
A presidente do Ideflor -Bio, Karla Bengtson, disse que, com o registro, se mostra a importância do Instituto no papel na gestão das Unidades de Conservação.
“São espaços com grande relevância para a manutenção da diversidade biológica, preservação do meio ambiente, além da proteção de espécies ameaçadas de extinção, visto protegerem o habitat essencial para a sobrevivência das espécies da fauna brasileira”, finalizou.