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16 de agosto de 2021Os espaços culturais administrados pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa, oferecem programação gratuita em Manaus.
O público tem como opções a Galeria do Largo, Casa das Artes, Teatro Amazonas e Centro Cultural Palácio da Justiça, no circuito do Largo de São Sebastião, além do Centro Cultural Palácio Rio Negro, na avenida Sete de Setembro; Palacete Provincial, na Praça Heliodoro Balbi; Centro Cultural Povos da Amazônia, no Distrito Industrial; e o Museu do Seringal Vila Paraíso, no Tarumã-Mirim. Todos com acesso gratuito.
Segundo o secretário Marcos Apolo Muniz, os equipamentos do Estado estão recebendo visitas com grupos entre 10 e 20 pessoas e agendamento pelo Portal da Cultura. Ele explica que as atividades culturais voltaram a funcionar seguindo rigorosamente os protocolos de segurança e a pasta avalia o comportamento do público devido a pandemia do novo coronavírus.
“Essa avaliação de cenário semana a semana é importante para que possamos receber o público com qualidade e de uma forma segura, tanto para os visitantes quanto para os nossos funcionários”, afirma o titular da Cultura e Economia Criativa.
Os equipamentos culturais passam pelo processo de sanitização e têm totens de álcool em pontos estratégicos. São exigidos todos os procedimentos para evitar o risco de contaminação da Covid-19, entre eles o uso obrigatório de máscara, medição da temperatura e distanciamento de 1,5 metro. Também fica proibido o contato físico com elementos dos espaços, como colunas, paredes, vitrines expositoras, esculturas, pinturas, demarcadores, portas e maçanetas.
Circuito Largo – As visitas ao Teatro Amazonas acontecem com grupos de 20 pessoas, de terça a sábado, das 9h às 15h, com agendamento pelo cultura.am.gov.br. Em 30 minutos, o público tem a oportunidade de conhecer o Salão Nobre do Teatro Amazonas, o Salão de Espetáculos e o Salão Verde, intitulado “Sala de Exposição de Música e Dança”, a Saleta de Exposição da Cúpula, além da maquete feita com blocos de Lego, uma escultura de bronze do artista francês Adrien Étienne Gaudez e o Camarim de época.
Crianças até 10 anos, pessoas com deficiência e pessoas nascidas no Amazonas, mediante comprovação da naturalidade, têm entrada gratuita. Os demais visitantes pagam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada, para estudantes, pessoas acima de 60 anos, professores, doadores de sangue, militares e acompanhantes de pessoas com deficiência, mediante a apresentação de documentos).
Na Galeria do Largo, a “Coletiva 20.21”, com curadoria de Cristóvão Coutinho, traz artistas que representam a diversidade de processos criativos de artes visuais, como Chermie Ferreira, Kina Kokama, Rakel Caminha e Tyna Guedes, com “Yapai Waina – Mulheres no Graffiti”; Sebastião Alves, com a instalação/vídeo “Lembranças de Minha Cidade”; Levi Gama, com o mural de desenhos “Boriwi – Mundo dos falecidos”; “A Batida do Gueto”, de Marcelo Rosa; e Marcos Ney, com as séries de desenhos “Sociedade da Dedada” e “Sombras do Rio Negro”.
Na Casa das Artes estão as mostras “Pandeart – Patologia Estética da Loucura em Tempos de Crise”, de Hely Pinto, “Miscelânea: Desenhos Digitais”, de Paola Honda Castro, projetos contemplados no edital Prêmio Feliciano Lana, “Natureza Humana”, de Rosemberg Prado, além de obras do acervo da Galeria do Largo, assinadas por artistas como Adalmir Chixaro, Raiz e Curumiz.
A Galeria do Largo e a Casa das Artes funcionam de terça a domingo, das 15h às 20h, e não precisam de agendamento.
Palácios – Localizados no Centro Histórico de Manaus, o Palácio da Justiça, Palácio Rio Negro e Palacete Provincial estão abertos para visitas de 45 minutos, das 9h às 17h, de terça a sábado, com agendamento.
O Palácio da Justiça, na avenida Eduardo Ribeiro, traz detalhes da arquitetura em estilo renascentista e da história do Poder Judiciário do Estado, além de abrigar o Museu do Crime e exposições de diversas linguagens. As mostras “Caruanas – O foco repousa na força mística”, “Olhares Tumbira”, “Abraçando o Xapono”, “Severiano 90 anos” e “Arquiteotonicas” compõem o circuito de exposições da casa.
Com base na avenida Sete de Setembro, 1.546, o Palácio Rio Negro conta com 228 peças no acervo. Nas salas Antônio Bittencourt e Ephigênio Salles está a exposição “O Clamor da Mata”, de Pietro Bruno. Em 15 quadros, o artista plástico defende a preservação da cultura indígena, a flora e a fauna amazônicas, ao retratar elementos do cotidiano, tradições indígenas e da Floresta Amazônica.
Com sede na Praça Heliodoro Balbi, o complexo cultural abriga a Pinacoteca do Estado e os museus de Numismática, Tiradentes, da Imagem e do Som e de Arqueologia. O local tem em cartaz a mostra “Na Sintonia do Rádio”, na sala José Bernardo Michiles, da antropóloga e diretora teatral Nonata Silva, que também é artista visual e contempla três recortes específicos que destacam a invenção, as primeiras transmissões, rádios antigos, as radionovelas e toda a diversidade de timbres e sons das rádios locais.
Café Criativo – Aos domingos, das 7h às 11h30, o Centro Cultural dos Povos da Amazônia (CCPA), no Distrito Industrial, conta com o “Café Criativo”. O tradicional café da manhã regional, com assinatura da Rota dos Chefs, tem exposições de diferentes segmentos, como artesanato e comercialização de produtos da agricultura orgânica.
Seringal – No afluente do Tarumã-Mirim, na margem esquerda do rio Negro, o Museu do Seringal Vila Paraíso recebe o público das 9h às 15h, de terça a sábado, com entrada a R$ 10, por pessoa. O acesso é feito somente por via fluvial, por meio de embarcações particulares (sem relação com a Secretaria de Estado de Cultura), que saem de hora em hora da Marina do Davi, na Ponta Negra. Cada trecho (ida ou volta) custa R$ 16, por pessoa.
O espaço, com base no igarapé São João, reproduz o cenário de um seringal a partir da infraestrutura do filme “A Selva”. Com duração de 45 minutos, a visita passa pelo trapiche, onde acontecia o desembarque de mercadorias e embarque de cargas de borracha, Casarão, residência do seringalista, Barracão de Aviamento, com artigos manufaturados e industrializados vendidos aos seringueiros, capela de Nossa Senhora da Conceição, Casa de Banho das Mulheres, o “Banho de Yaya”, além da trilha que leva à estrada com as seringueiras, ao Tapiri de Defumação da Borracha, à casa do seringueiro, ao rústico cemitério cenográfico e a Casa de Farinha.
FOTOS: Michael Dantas