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31 de agosto de 2021O Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Pará (IDEFLOR-Bio) reforçou no mês de agosto, as ações de comando e controle na Unidade de Conservação – Tabuleiro do Embaubal, Unidade de Proteção Integral localizada no município de Senador José Porfírio, a 906 km de Belém.
O local possui uma área de 4 mil hectares, composta por 20 praias, onde ocorre a desova de três espécies de quelônios: Pitiú (Podocnemis sextuberculata), Tracajá (Podocnemis unifilis) e Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa). O objetivo da ação é manter o posto de maior “Tabuleiro” da América Latina, conquistado nos últimos dois anos após o nascimento de meio milhão de tartarugas.
Desde 2019, o Governo do Pará, por meio do IDEFLOR-Bio, age para a manutenção do local e para seu crescimento constante. Há registros de tartarugas que vem da bacia do Marajó, Afuá e até da costa do Amapá. Os quelônios nascem no tabuleiro, voltam para cima da bacia amazônica e, na época de reprodução, retornam ao Tabuleiro.
O impacto desse local sobre a espécie seria devastador se o trabalho do Instituto nesta Unidade de Conservação não existisse, sendo que o mesmo é responsável direto pela perpetuação da espécie, evitando de entrar em risco significativo para a lista de extinção.
Fiscalizações diárias são feitas no Tabuleiro desde o mês de agosto, a fim de coibir a caça das tartarugas, que é ilegal na área. Além disso, as equipes do IDEFLOR-Bio e Norte Energia fazem o manejo dos ninhos, que consiste na demarcação dos locais escolhidos pelas tartarugas, proteção da área e monitoramento das condições naturais, como a temperatura da areia.
A equipe da Gerência Administrativa do Xingu montou, em 2019, um planejamento para identificar os pontos críticos com ações de gestão no corredor de migração das tartarugas, com Monitoramento e Fiscalização desde o município de Porto de Moz, a quase 100 km das praias de desova.
Segundo o Gerente da Região Administrativa do Xingu, Dilson Lopes, é fundamental para o planejamento o apoio realizado pela Norte Energia, IBAMA, SEMAS e Batalhão de Polícia Ambiental do Estado (BPA).
“Temos os fatores naturais que influenciam a dinâmica de cheias nessa parte do Xingu, e o estágio de desenvolvimento das gônadas dos indivíduos precisam estar alinhados para alcançarmos a meta, pois não temos controle sobre isso. Porém, em relação à caça das matrizes, preparamos uma equipe técnica experiente para assegurar a perpetuação de uma espécie em um local fundamental para sua sobrevivência, o que é muito desafiador”.
De acordo, com a Diretora de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação, Socorro Almeida, o momento atual é de espera da ruptura dos ovos até o momento da soltura, com todo o monitoramento, junto com a Polícia Ambiental, monitorando todas essas praias.
“Dessa forma, temos a certeza que o IDEFLOR-Bio fez o seu papel, retroalimentando a natureza com esses filhotes que serão o futuro desses quelônios”.
A presidente do IDEFLOR-Bio, Karla Bengtson, complementa informando que o trabalho do Instituto passa pela fiscalização, acompanhamento das matrizes, ação de monitoramento, conscientização dos comunitários e a proteção da praia para a postura de ovos.
“Após esse processo, iniciam-se as eclosões, onde é realizada a avaliação de estoque. Nossa missão enquanto IDEFLOR-Bio é fazer com que, a cada ano, a produtividade dentro do Tabuleiro cresça e se desenvolva”, diz.