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5 de setembro de 2021A atriz Carol Santa Ana, numa parceria com o Ateliê 23, sobe ao palco do Teatro da Instalação (Rua Frei José dos Inocentes, no Centro) no dia 10 de setembro, para a estreia do solo “A Mulher que Desaprendeu a Dançar”, a partir das 19h. O acesso é gratuito mediante a carteira de vacinação.
O projeto foi contemplado no edital Prêmio Feliciano Lana, que faz parte das ações emergenciais da Lei nº 14.017/2020, conhecida como Lei Aldir Blanc, operacionalizada no Estado através do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
Segundo o diretor do espetáculo, Taciano Soares, a produção fica em cartaz ainda nos dias 11, 17 e 18 de setembro. Ele explica que o encontro vai contar com 50% da capacidade da plateia, conforme os protocolos de segurança em prevenção a Covid-19.
“Esse projeto é um convite a retomada das nossas atividades, temos avançado com a vacinação, com a flexibilização e isso traz mais possibilidades de reencontros. É um reencontro da atriz com ela mesmo e também um reencontro nosso com o teatro presencial, respeitando os protocolos de segurança”, afirma o diretor. “A Carol não está em solo presencialmente há muito tempo e esse espetáculo é muito especial porque traz memórias pessoais que ela viveu enquanto mulher, esposa, mãe, servidora pública, profissional da cultura, uma pessoa que é atravessada por várias situações da sociedade, violências que as mulheres são submetidas em esferas diversas, como psicológicas, patrimoniais, sexuais e morais”.
Ainda conforme o diretor, “A Mulher que Desaprendeu a Dançar” é uma metáfora para falar da protagonista como artista que canta, dança, atua e reaprende a dançar a partir da peça. Em cena, ela vem camuflada até revelar a identidade ao público.
“A peça tem como cenário uma mesa de madeira, mas vai se revelando com diversos elementos a partir do momento que a personagem vai trazendo as memórias, algumas delas são revividas nas cenas, umas são narradas e outras são satirizadas, inclusive boa parte da peça também é uma sátira, uma ironia sobre as coisas pelas quais ela passou, sobretudo as violências, coincidentes ou não, causadas na maior parte do tempo por homens em situações de poder”, adianta Taciano.
O diretor ressalta que, embora as mulheres se reconheçam nas cenas, é uma peça que fala para os homens, para propor uma reflexão sobre o impacto das ações sobre o outro, principalmente com as mulheres.
Produção – Taciano conta que o trabalho teórico do espetáculo iniciou em dezembro de 2020, com base na tese bionarrativas cênicas, que é o uso do material biográfico e documentais em cena, para falar de vidas reais. Segundo ele, as atividades foram suspensas em janeiro devido à crise da saúde pública causada pelo coronavírus no Amazonas e retomadas em junho.
“Desde então passamos a nos encontrar todos os dias, já vacinados, mas com adaptações, como rodízio de artistas na sala de ensaio, para evitar aglomeração, mesmo que não sejamos um elenco grande. Mas cumprimos os protocolos e usamos máscaras nos ensaios”, conta o diretor.
Além de Carol Santa Ana na idealização e atuação e do diretor Taciano Soares, que também assina como dramaturgismo, cenário e vídeo, a ficha técnica tem Eric Lima e Laury Gitana no figurino, cenotecnia e produção executiva, Gilda Silva na confecção de figurinos, Guilherme Bonates na criação da trilha sonora e produção musical, Eric Lima nas composições, operação de som, provocação de movimento e identidade visual, Daniel Braz na iluminação, Viviane Palandi na preparação corporal, Berteson Amorim na provocação vocal, Laury Gitana na operação de vídeo e Cecília Santa Ana na voz-off.
Protocolos – O Palacete Provincial adotou todos os protocolos para prevenir a transmissão da Covid-19, como distanciamento social de 1,5 metro, totens de álcool em gel em pontos estratégicos, funcionários treinados e com equipamentos de proteção, aferição de temperatura na entrada do espaço e limpeza e higienização do local. O uso de máscara é obrigatório.
Fotos: Divulgação