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28 de outubro de 2021“O evento envolve ações estratégicas para reunir e mobilizar esforços de governos e da sociedade para garantir o direito à sobrevivência e ao pleno desenvolvimento infantil, compreendendo a primeira infância, faixa etária que vai do nascimento aos seis anos de idade, como uma janela de oportunidades de assegurar saúde, aprendizado, desenvolvimento e bem-estar social e emocional”.
Esta é a fala de Antônio Carlos Cabral, especialista em Saúde e HIV do UNICEF Brasil, sobre a Semana do Bebê Indígena.
A iniciativa começou segunda-feira (25), no Polo Base Umariaçú II, em Tabatinga, e se encerra sexta-feira (29) com diversas atividades, envolvendo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Distrito Sanitário do Alto Rio Solimões e Prefeitura Municipal de Tabatinga, por meio da Secretaria Municipal de Saúde.
A ação tem como objetivo tornar a primeira infância indígena como prioridade na região da Amazônia Legal Brasileira, com base na ideia que é necessário assegurar, na primeira infância, o direito à proteção, à saúde e à educação de qualidade, garantindo um presente e um futuro melhor para cada criança indígena.
As atividades da programação são presenciais, entretanto, seguem a orientações de prevenção contra o coronavírus, com teste rápido para covid-19 aos participantes, além da orientação sobre o uso correto da máscara, bem como o distanciamento social seguro.
“A primeira infância é o período importância na garantia de investimentos em políticas públicas integrais e integradas, construídas e implementadas coletivamente com gestores públicos, profissionais da saúde, educação e assistência social, secretarias, órgãos da sociedade civil, academias e parceiros do setor privado, que por meio da sua responsabilidade social, a exemplo da ROCHE, parceiro estratégico do UNICEF, que vem apoiando a realização de Semanas do Bebê em vários municípios e comunidades brasileiras”, salienta Antônio Carlos.
“Assim, durante a Semana do Bebê, inclui discussões de temas que integram a realidade das crianças indígenas como: doenças raras, crianças indígenas com deficiências e com atraso no desenvolvimento. Também tem atendimentos para vacinação, Triagem Neonatal (Teste do Pezinho), oficinas, atividades recreativas, emissão do registro civil de nascimento, etc. E para que os indígenas participem de todas as ações da iniciativa, sejam palestras e/ou atendimentos, tem tradutores na língua Ticuna, que são os agentes de saúde indígenas”, explica Rosania Ruiz Berito, enfermeira do DSEI-ARS-SESAI.
De acordo com Weydson Gossel Pereira, coordenador do DSEI Alto Rio Solimões, a Semana do Bebê Indígena contribui para indicadores da primeira infância e no contexto geral ajuda as ações que o Distrito Sanitário Especial Indígena já desenvolve.
“Temos várias atividades relacionada à criança e à mãe como um pré-natal de excelência, com mais 95% das gestantes acolhidas e atendidas, e a cobertura vacinal para menores de cinco anos, que está acima de 95%”, informa Weydson.
Na quinta-feira (28), haverá uma roda de conversa com as parteiras indígenas na atenção e acolhimento no nascimento de crianças.
“A interação das parteiras dentro do pré-natal e na atenção ao parto também é uma frente grandiosa no DSEI. Temos feito um trabalho relacionado às parteiras como o acolhimento e toda humanização do parto, isso contribui também para redução da mortalidade infantil no Alto Rio Solimões”, concluí o coordenador do DSEI.
Francisco Nery Furtado, coordenador municipal de políticas públicas em IST HIV e HV, explica que o papel da instituição na Semana do Bebê será trabalhar políticas públicas em infecções sexualmente transmissíveis, HIV e Hepatites Virais no contexto do Alto Rio Solimões.
“Durante o evento, estaremos abordando alguns conteúdos que são relevantes na saúde indígena como: a transmissão vertical do HIV, sífilis e hepatite B e C. Vamos também realizar oficina de aprimoramento para os profissionais de saúde, assim como discussões sobre diversidade sexual pra população indígena dentro da perspectiva da política de saúde LGBTQI, além da testagem rápida de HIV, sífilis e hepatite B e C”, acentua Francisco.
“A Semana do Bebê é também apoiada pelo UNICEF principalmente nos municípios inscritos no Selo UNICEF, na Amazônia legal e Semiárido Brasileiro. Tabatinga, por exemplo, integra a edição do Selo UNICEF 2021-2024 e já fortalece sua presença na iniciativa em ações como está que reforça, estimula e reafirma a necessidade na promoção, proteção e respeito aos direitos das crianças e dos adolescentes”, destaca Debora Nandja, chefe do UNICEF no escritório de Manaus.
A programação conta ainda com o apoio do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Unidade de Pronto Atendimento de Tabatinga (UPA), Conselho Tutelar de Tabatinga e Secretaria Municipal de Educação. A Rede de Jovens Indígenas Comunicadores do Alto Rio Solimões (REJICARS), formada por jovens indígenas Ticunas de Umariaçu II, realizará a cobertura de todo o evento.
Sobre o UNICEF
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) trabalha em alguns dos lugares mais difíceis do planeta, para alcançar as crianças mais desfavorecidas do mundo. Em 190 países e territórios, o UNICEF trabalha para cada criança, em todos os lugares, para construir um mundo melhor para todos. Saiba mais em www.unicef.org.br
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