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1 de dezembro de 2021A artista visual Gisele Riker, anuncia o lançamento da exposição digital ‘Amazônia Surreal’, dia 04 de Dezembro, às 19h horas, no Espaço Cultural Casa Som Amazônia, localizado na Travessa Planalto nº 3 – Parque Dez de Novembro, durante a programação do circuito cultural ‘Amazon’. O evento é gratuito, e a retirada de ingressos (limitados) está disponível via Sympla.
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Programação do Circuito ‘Amazon’
Além do lançamento da exposição ‘Amazônia Surreal’, o circuito ‘Amazon’ também conta com uma programação multicultural que inclui a apresentação do pocket show ‘Batelão da Amazônia’ da cantora Ellen Fernandes e os músicos Anderson Farias (Piano) e Anderson Cerdeira (Bateria), a participação especial do projeto social ‘Toque a vida pela música’ e ainda, a exposição de luminárias ‘Reinventa-se Amazônia’ da arquiteta (Design de Interiores) Carolina Campos.
Origem da Exposição ‘Amazônia Surreal’
A exposição ‘Amazônia Surreal’ é fruto da pesquisa iniciada pela artista Gisele Riker no Programa de Pós Graduação em Artes Visuais do Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
De modo geral, o projeto consiste na produção de uma série de fotografias criativas realizadas em cenários diversos da Floresta Amazônica como o Museu da Amazônia (Manaus), lago e ponte sob o rio Uatumã (Vila de Balbina), Cachoeira Iracema (Presidente Figueiredo) e Igapós do Parque Nacional de Anavilhanas (Novo Airão).
Parte dessas experimentações foram realizadas nas exposições coletivas ‘Mostra de Artistas Contemporâneas’ (2017) e ‘Mostra de Arte Contemporânea Feminina’ (2019), que no ano de 2021, ainda em contexto pandêmico, conquistou a oportunidade de continuidade de produção, através do Edital Prêmio Feliciano Lana (2020), da Lei Aldir Blanc, e do apoio do Governo do Amazonas, através da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e do Governo Federal, através da Secretaria Especial da Cultura.
Inspirações
“Desde criança viajo pelo interior dos estados do Amazonas e Pará vivenciando e absorvendo os sentimentos de estar numa relação íntima com a natureza, nadar em um igarapé de águas escuras, observar o balé de inúmeras folhas de diferentes formas, cores e tamanhos dançando no banzeiro do rio, se encantar com o pôr do sol, admirar as vegetações de forma inusitadas e belas… A Amazônia me encanta e é fonte de inspiração e suporte de criação nas minhas produções.” Revela a artista.
Processo Criativo
“A fase inicial da prática artística é estabelecida por passeios em áreas de mata, especificamente na região da Amazônia somada ao ato fotográfico atravessado pelo olhar de vislumbre e encantamento pelo reino vegetal do maior bioma do mundo e suas paisagens.
O termo “passeio” é empregado nesta pesquisa como uma ação de saída da cidade para vivenciar ambientes naturais. Entrelaçado a estas práticas cultivo o pensamento indígena ao significar a terra como um ser vivo e me aproprio de sua cosmologia para fazer relações poéticas com o imaginário dos mitos. Seguido da experiência do encontro da câmera fotográfica com a mata, instauram a segunda fase da pesquisa o armazenamento das capturas em memórias digitais datadas e nomeadas pela localidade visitada, assim como as ações de eleger as imagens que serão transfiguradas digitalmente. A terceira fase consiste nas experimentações virtuais através do software Adobe Photoshop.
As decisões tomadas durante a edição direcionam para uma experiência visual que a mata não oferece, porém, este ambiente proporciona as imagens que sustentarão o processo de criação. Nessa pesquisa os arquivos fotográficos são tratados como dados que se tornam matéria prima para a construção de imagens inventadas com fotografias de um ambiente real.” Explica a artista.
Técnica Aplicada
“Recriar as formas vegetais são exercícios criativos para mim, idealizo inventar formas que causem um estranhamento ao olhar, mas nem sempre este objetivo é alcançado. Busco criar relações entre as formas do mundo real e as formas do mundo inventado. Um jogo entre a imaginação e a razão das formas na natureza.
Ao replicar as formas dos elementos naturais presentes na Floresta Amazônica transformando as fotografias destes detalhes que considero completos de poesia visual, proponho conexões com os princípios do movimento Surrealista ao apresentar imagens que fogem da razão das formas da natureza cruzando imaginação e realidade.
Insisto nos disparos realizados como maneira de garantir uma quantidade significativa de material bruto para alimentar as experiências digitais inventando imagens que transitam entre a imaginação e a realidade; Repito os dados fotográficos. Transformo os cortes gráficos em imagens surreais baseadas no real, replicando os dados das fotografias na mesma imagem para explorar o maravilhoso, uma das formas que os surrealistas encontraram para atingir o outro mundo.” Ressalta Gisele.
Curadoria
A artista, professora e pesquisadora, Sandra Rey, natural do Rio Grande do Sul, é quem assina a curadoria da exposição ‘Amazônia Surreal’. Sandra é Docente no Programa de Pós-graduação em Artes Visuais da UFRGS e pesquisadora junto ao CNPq. Orienta pesquisas na área de Poéticas Visuais.
Seu trabalho artístico é pautado pela relação arte-natureza no desenvolvimento de um projeto que articula prática artística na natureza com desenvolvimento de propostas em ateliê e reflexão teórica. Sandra ainda expõe e escreve artigos sobre arte e crítica de arte, e é representada pela galeria Mamute, de Porto Alegre.
Sobre a produção fotográfica
Ao todo, a exposição conta com um total de 14 fotos, subdivididas em 4 ensaios. Os trabalhos foram impressos em Fine Art, Papel Hahnemüler Photo Rag, 308 gramatura ,100% algodão. Conheça um pouco sobre cada um desses ensaios, através do olhar poético-visual da artista Gisele Riker:
Nas águas de Balbina
“Para onde vão as árvores quando morrem? Reflito nesta produção, sobre a vida das árvores que anteriormente ocupavam um determinado território e que agora estão se decompondo nas águas escuras, espécies que não conseguiram tolerar tanto tempo debaixo d’água. Sabe-se que na superfície do lago, a matéria orgânica entra em decomposição e se transforma em dióxido de carbono, nas profundezas, produz metano. A morte se faz presente numa extensão de mais de dois mil quilômetros de águas represadas do Rio Uatumã.”
Para o xamã Yanomami Davi Kopenawa, os elementos da floresta possuem espíritos chamados de xapiri.Antes a vida fluía nestes troncos, mas onde estão seus espíritos agora?”
“Os Yanomamis consideram que existem espíritos presentes nos elementos da natureza, eles são descritos como “humanóides minúsculos paramentados com ornamentos e pinturas corporais extremamente luminosos e coloridos” para vê-los é necessário ser um xamã, somente os xamãs podem entrar em contato com estes espíritos, eles possuem a capacidade de “fazer dançar” e “fazer descer” os seres-imagens.
Durante minha passagem pela ponte sob o Rio Uatumã, observei por horas o fluxo das águas. Grandes pedras avermelhadas despontavam suas formas nas águas do afluente do Rio Amazonas. A vida corre neste rio…”
Alcançar o Céu
“Na série Alcançar o Céu reflito poeticamente sobre a metodologia do processo de pesquisa e criação individual. Comparo aqui este processo trabalhoso, com o crescimento das trepadeiras na Floresta Amazônica. Existe uma diversidade de cipós em desenvolvimento na mata, eles não possuem apoio próprio e seus caules são estreitos e flexíveis. Assim é o surgimento do pensamento do artista pesquisador, a ideia brota tal qual as lianas no solo, se regeneram de sementes e só começam a subir quando suas mudas atingem altura para se manter de pé.”
A pele da Floresta
“Procurei aproximar a lente dos elementos naturais que habitam o solo das trilhas. Com este pensamento, idealizo a série “Pele da floresta “, imagens escolhidas de um total de 131 fotografias arquivadas e realizadas no final de abril de 2021 . Registros na sua maioria das texturas, raízes, musgos e folhas que cobrem o solo por onde caminhei. Penso que transformar fotografias desta camada orgânica e viva da floresta em material da Arte é uma maneira de lutar contra as calçadas que se expandem no olhar. Não devemos nos acostumar com essa paleta cinza e preta do chão das cidades.”
Igapós
“No Parque Nacional de Anavilhanas em Novo Airão encontro a floresta inundada. A região sofre as consequências de uma cheia histórica. As árvores que encontraria em trilhas terrestres agora são acessadas por caminhos do rio, passagens aquáticas. O nível das águas sobe cerca de 20 metros formando os igapós, tenho a oportunidade de chegar mais perto das copas de grandes árvores e por consequência mais perto do céu. As águas se fazem presente na maioria das fotografias coletadas em Novo Airão, elas me trazem o céu refletido em muitos desses registros. Inauguro aqui a série Igapós, utilizando procedimentos de repetição da imagem e adição de camadas nas edições das fotografias inventando assim florestas inundadas policromáticas.”
Equipe Técnica
A equipe técnica do projeto ‘Amazônia Surreal’ é composta por Gisele Riker (Artista visual e idealizadora do projeto), Hadna Abreu (Produção Cultural), Leonardo Najar (Designer), Sandra Rey (Curadoria) e Wanessa Leal (Assessoria de Comunicação). A Impressão Fine Art é assinada pelo Armazém da Impressão ( Porto Alegre).
Apoio
Edital Cultura Criativa – Lei Aldir Blanc –2020- Prêmio Feliciano Lana.
Serviço
O que é? Lançamento da exposição “Amazônia Surreal” da artista Gisele Riker.
Quando? Dia 04 de Dezembro (Sábado), às 19h
Onde? Através do site www.giseleriker.art durante a programação do Circuito Cultural ‘Amazon’ que será realizado na Casa Som Amazônia
Endereço: Travessa Planalto, nº 3, Bairro Parque Dez de Novembro.
Acesso: Gratuito, com agendamento via plataforma Sympla
Ingressos: https://bit.ly/circuitoamazon
Informações: (92) 98258-9133- Wanessa Leal (Assessoria de Comunicação)