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16 de maio de 2022Um menino de imaginação fértil, com capacidade de inventar histórias, mania de usar uma panela na cabeça e que “só queria ser feliz”. A mensagem do livro “O Menino Maluquinho” (1980), do escritor brasileiro Ziraldo, ganhou adaptação contemporânea para o palco, encenada por artistas amazonenses, no domingo (15/05), no Teatro Amazonas. O espetáculo estreou na programação do 24º Amazonas Festival de Ópera (FAO), promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC).
A montagem em ópera, assinada pelo compositor Ernani Aguiar, despertou a curiosidade do público que lotou os três pavimentos do Teatro Amazonas. Artistas do Coral de Artes e Ofícios Claudio Santoro – Infantil e Infantojuvenil –, Coral do Amazonas, Balé Folclórico do Estado e Orquestra Amazonas Filarmônica, sob a regência do maestro Otávio Simões, emocionaram o público e surpreenderam a cada cena.
“A ópera ‘O Menino Maluquinho’ é uma montagem para o público infantojuvenil e com uma produção totalmente amazonense, tanto dos artistas quanto da equipe técnica e produção”, afirma Cândido Jeremias, secretário executivo de Cultura e Economia Criativa do Estado.
“Além do espetáculo, que se repete nos dias 21 e 28 maio, quem visitar o Teatro Amazonas e quiser ficar mais próximo dos elementos físicos que estão na ópera, pode comparecer à visitação turística do teatro para conferir a mostra do festival. Ainda dá tempo de prestigiar”.
Elenco – O artista Davi Lucas é quem vive o “Menino Maluquinho”. No palco, ele troca quatro vezes de figurino, canta e representa. O jovem ator de apenas 12 anos, pela primeira vez, interpreta o protagonista de uma montagem lírica.
“Estudei muito, assisti ao filme, li o livro, conversei com os músicos, o maestro, o diretor, enfim, foi um trabalho que valeu muito a pena. Tudo foi perfeito. Consegui manter uma troca com o público. Eu vivi o Menino Maluquinho”, destaca o artista.
Emoção também para Lunna Beatriz, que interpreta Julieta. “Essa ópera traz o sentimento de criança de volta. É muito emocionante”, afirma.
Para Thaylon Sousa, que faz o Bocão, participar da ópera “é um sonho de criança realizado”. Os três jovens talentos são alunos do Liceu de Artes e Ofícios Cláudio Santoro.
De acordo com o diretor cênico da ópera, Matheus Sabbá, comandar um elenco de 39 crianças e jovens no palco é um desafio compensador.
“A obra é muito importante para o Brasil, pois fala de liberdade para criança, um assunto muito recorrente nos dias de hoje. Foram meses de ensaio de sala. Pegamos tudo que vivemos no processo e oferecemos ao público. Está sendo muito gratificante receber essa troca”, comenta o diretor.
A visão de mundo do Menino Maluquinho levada ao palco reúne cantigas infantis, brincadeiras, mensagens de igualdade de gênero, preservação da natureza e personagens lendários. Para dar vida a um grupo de macacos, parte do imaginário do protagonista, 12 integrantes do Balé Folclórico do Amazonas participam da maioria das cenas.
“Tínhamos uma montagem há dois anos, mas, com a pausa da pandemia, retornamos e refizemos todo o trabalho. Os bailarinos tiveram aulas de preparação corporal e construção de cena em parceria com o Matheus Sabbá”, lembra Monique Andrade, coreógrafa do Balé Folclórico do Amazonas.
Destaques – Colorido, rico em detalhes. Características priorizadas pela figurinista da ópera, Melissa Maia. Um total de 200 figurinos foram criados pela amazonense, que utilizou 80% de tecidos recicláveis. Os figurinos foram confeccionados por 50 profissionais, entre os quais, costureiras, aderecistas e modelistas da Central de Técnica de Produção (CTP), gerenciada pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado.
A cenografia, assinada por Giorgia Massetani, trouxe a reprodução de uma casa típica de uma cidade do interior de Minas Gerais, onde se passa o enredo da obra de Ziraldo. Novos elementos decorrem na história e vão proporcionando movimento e dinamismo à ópera.
“O Menino Maluquinho” segue no 24º Festival Amazonas de Ópera, com apresentações nos dias 21 e 28 de maio, no Teatro Amazonas, às 19h. A classificação é livre, e os ingressos estão à venda na www.bilheteriadigital.com e na bilheteria do Teatro Amazonas.
Festival – O 24º FAO iniciou no dia 29 de abril e segue até 31 de maio, na capital e interior. Cinco óperas, recitais, concertos, workshop e encontro de economia criativa estão na agenda do evento.
A programação inclui atrações no Teatro Amazonas, Teatro da Instalação, centros culturais Palácio da Justiça e Palácio Rio Negro e também no interior. As estreias das óperas são transmitidas pela TV Encontro das Águas e nas redes sociais da @culturadoam.
O FAO é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa e da Agência Amazonense de Desenvolvimento Cultural (AADC). O projeto, aprovado na Lei de Incentivo à Cultura, Ministério da Cidadania e Secretaria Especial de Cultura, tem patrocínio master do Bradesco e patrocínio da Innova.
Bradesco e cultura – Com centenas de projetos patrocinados anualmente, o Bradesco acredita que a cultura é um agente transformador da sociedade. Além do Teatro Bradesco, o banco apoia iniciativas que contribuem para a sustentabilidade de manifestações culturais que acontecem de norte a sul do país, reforçando o seu compromisso com a democratização da arte.
São eventos regionais, feiras, exposições, centros culturais, orquestras, musicais e muitos outros. O banco também mantém o Bradesco Cultura, plataforma digital que reúne conteúdo relacionado às iniciativas culturais que contam com o patrocínio da instituição. Visite em cultura.bradesco.
FOTOS: Michael Dantas/Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa