Clima de arraial vai invadir o Millennium Shopping a partir do dia 28/06
24 de junho de 2022Festival de Parintins: História de famílias distintas que se assemelham pelo amor aos bumbás
26 de junho de 2022Passam o dia, a noite e a madrugada na fila em busca do melhor lugar para assistir ao 55º Festival Folclórico de Parintins. Nos três dias de festa, mais de seis mil pessoas acompanham gratuitamente, da arquibancada, as apresentações dos bois Caprichoso e Garantido.
A galera é protagonista do festival promovido pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa.
O item 19, como é conhecida a torcida dos bumbás, enfrenta o sol, chuva, o cansaço, mas quando sobem para a arquibancada, a energia é renovada em busca da nota máxima dos jurados.
A parintinense Christiane Ferreira chegou na manhã da última quarta-feira (22/06), dormiu na fila para ser a primeira a entrar na arena do Bumbódromo.
“A emoção é muito grande porque a gente está esperando há dois anos. O Caprichoso chegou grandioso e foi isso o que ele mostrou pra gente na arena. A gente só faz retribuir”, afirma a primeira da fila azulada.
Do outro lado, na espera vermelha, estava a manauara Karen dos Santos. Para ocupar o primeiro lugar da fila, ela conta que há três dias só deixa a fila para higiene pessoal, enfrenta calor, chuva e cansaço pelo bumbá do coração.
“O amor que eu tenho pelo Garantido é inexplicável. Ele é minha energia, minha força e tudo isso é amor a ele. Vem de berço, está no sangue. Eu faço tudo isso novamente por ele”, disse Karen Santos.
A energia de rever o Festival é tão grande que Ana Paula Martins relata que não sente cansaço, apenas amor pelo boi vermelho e branco.
“É muita emoção, só amor mesmo pelo Garantido. Estou arrepiada, só em falar do Garantido dá aquela emoção. Vim em homenagem ao meu pai, eu perdi ele, isso é uma homenagem pra ele também, porque se ele estivesse vivo com certeza ele estaria aqui na fila também”, declarou a torcedora do boi do povão.
A paixão pelo boi-bumbá não tem idade. Aos 65 anos, a carioca Lourdes assistiu o boi Caprichoso, pela primeira vez, em 1995. Segundo ela, a energia para subir e agitar a arquibancada continua viva, mesmo após dois anos sem Festival.
“Dois anos sem boi e todo mundo sabia que o espetáculo desse ano ia ser tudo, ainda mais o meu boi. Tenho muito amor pelo meu boi. E me deu mais energia pra eu vir agora”, finaliza a torcedora azul e branco.
Neste domingo (26/6), os portões da galera abrem às 15h.
FOTOS: Michael Dantas/Sec