Inscrições abertas para o 2º Festival Nacional de Teatro Nova Cena
15 de maio de 2023Cultura Manaus: 21ª Semana Nacional de Museus conta com vasta programação em nove espaços culturais
15 de maio de 2023No período de 17 e 21 de maio, o Centro Cultural Palácio da Justiça, no Centro da cidade, recebe a 16ª Conferência Anual da Ópera Latinoamérica (OLA), um encontro inédito no Brasil, para discutir os desafios da produção de ópera na América Latina, modelos de gestão, possibilidades de coprodução e circulação de óperas na região ibero-americana.
Realizada no contexto do 25º Festival Amazonas de Ópera, a conferência na capital amazonense terá a participação da cúpula da Ópera Latino América, a maior rede de teatros da América Latina e Espanha, além de nomes de expressividade no campo artístico, cultural e econômico, entre os quais, a Chefe de Economia Criativa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) em Washington (EUA), Trinidad Zaldivar; o presidente da Academia Brasileira de Música (ABM), André Cardoso; o coordenador artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira, Nikolay Sapoundjiev; secretários de cultura, turismo e profissionais da imprensa nacional e internacional.
Será a maior Conferência Anual da Ópera Latinoamérica desde a sua criação, há 16 anos. É a primeira vez que a OLA abre sua conferência para a participação de não membros da rede de teatros de ópera. A participação de pessoas que fazem parte do mercado da música lírica brasileira será admitida.
Manaus, representada pelo Teatro Amazonas, é membro-fundador da OLA e, em 2022, passou a integrar o diretório dos sete teatros que comandam a instituição, fazendo parte da cúpula da agremiação.
A OLA é realizada em Manaus com apoio do Governo do Estado do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa. O titular da pasta, Marcos Apolo Muniz, acredita que o encontro representa um marco no estado, sendo o primeiro do Brasil a receber uma conferência do gênero, com grande relevância cultural e artística. “Temos a honra de receber a conferência da OLA e poder trocar experiências com diferentes casas líricas do Brasil e do exterior, além de mostrar o trabalho que o Governo do Amazonas vem realizando no âmbito cultural”, revela o secretário.
Fábrica de Cultura
Segundo Marcos Apolo (@culturadoam), o estado do Amazonas é uma “fábrica de cultura”, representada por sete corpos artísticos, muitos deles que se formaram e prosperaram com o Festival Amazonas de Ópera.
“A Amazonas Filarmônica é uma das orquestras mais respeitadas do Brasil, o Coral do Amazonas é formado por mais de 50 coralistas amazonenses e o Liceu de Artes e Ofício Claudio Santoro concentra mais de seis mil alunos matriculados em cursos de música, dança e teatro”, pontua Apolo, ressaltando o fomento da economia criativa, geração de emprego e renda proporcionada pela crescimento do cena lírica no estado.
Desde a criação da OLA, em 2007, todos os anos os representantes dos teatros líricos pertencentes à organização – mais de 40 instituições da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Espanha, México, Peru, Uruguai e Venezuela – se reúnem para abordar conjuntamente os desafios e tendências do setor.
A Conferência Anual de Manaus dará continuidade às diretrizes traçadas, ano passado, no Encontro Ibero-Americano de Teatros, realizado no Gran Teatre del Liceu e organizado em conjunto com a “Ópera XXI” – organização de entidades espanholas ligadas à ópera – e na última conferência, realizada no Teatro Colón em Buenos Aires.
A diretora executiva do FAO, Flávia Furtado, coloca o foco no ineditismo do evento em Manaus e as novas formas de prosperar as atividades operísticas:
“Os 25 anos do FAO acontecem justamente no momento em que o setor de ópera e música de concerto está se estruturando no Brasil e podemos comemorar as conquistas com todos os nossos parceiros latino-americanos nesta primeira Conferência Anual da OLA em nosso país. Trocar experiências com nossos vizinhos muda a visão sobre o potencial do mercado de ópera ao nosso redor e em todo o mundo”, revela Flávia que, neste ano, comanda títulos como “O Contractador dos Diamantes”, de Francisco Mignone, “Anna Bolena”, de Gaetano Donizetti; “Piedade”, de João Guilherme Ripper e “Peter Grimes”, de Benjamin Britten.
Inovação e trabalho em rede
O trabalho em rede é o cerne da gestão da OLA, ou seja, colocar em contato teatros, festivais, companhias e agentes de diferentes países para partilhar modelos de gestão, boas práticas e experiências que possam ser úteis, sob diferentes ângulos, aos membros da rede.
Nesse sentido, durante a Conferência Anual em Manaus, especialistas de diferentes entidades – Banco Interamericano de Desenvolvimento, Universidade de Guadalajara, consultoria Teknecultura e IE University – compartilharão seus conhecimentos sobre modelos de gestão baseados em análise de dados.
O financiamento também é um tema relevante para os teatros, cuja receita provém – em diferentes proporções – de recursos próprios, contribuições públicas e privadas. Uma das conversas do encontro permitirá conhecer as motivações de algumas empresas para investir na cultura e outra abordará a filantropia.
Outro eixo fundamental do trabalho da OLA é promover a colaboração dos teatros na concepção da programação artística, nomeadamente na circulação e coprodução de espetáculos, uma vez que neles convergem elementos importantes para a gestão teatral do século XXI: a realização de produções líricas e de artes de forma colaborativa é mais sustentável em termos de gestão – já que permite reduzir custos – além de permitir que seja programada a mesma produção em mais de um palco de um país ou região.
Nesse sentido, na 16ª Conferência Anual serão apresentados painéis como “A produção e circulação da ópera na Ibero-América” ou “Melhores práticas de produção”, nos quais participarão os diretores dos espaços ibero-americanos que fazem parte da OLA. Também serão apresentados os próximos projetos artísticos que poderão circular ou ser coproduzidos.
Fotos: Divulgação/OLA
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