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24 de maio de 2023No Amazonas, a diversidade de espécies de pássaros e cantos característicos atraem turistas de todo o mundo para observar as aves em seu habitat, a prática é conhecida como “observação de pássaros” ou birdwatching, termo em inglês. Afim de compreender a realidade desta prática, a Empresa Estadual de Turismo (Amazonastur) participou, no fim de semana (19 a 21/05), da Feira Avistar, a maior do segmento no país, e destaca a prática no estado.
Além de fortalecer o ecoturismo, a observação de pássaros também contribui para pesquisas e estudos sobre as espécies de pássaros, a ornitologia. Dessa forma, a participação na Avistar, para o presidente da Amazonastur, Gustavo Sampaio, consolida o estado como destino de birdwatching.
“De acordo com pesquisadores da área, no Amazonas são encontradas cerca de mil espécies de aves, sendo 600 somente na capital amazonense. Aves raras e únicas da Amazônia, como o Galo da Serra, fazem do estado um local perfeito para este tipo de turismo”, afirma o presidente.
Momentos eternizados
A fotografia também é outra ferramenta muito importante na observação. Inegavelmente, além do registro pessoal, garante que a biodiversidade seja documentada para auxiliar as pesquisas sobre conservação e biodiversidade, comportamentos e habitat natural.
O fotógrafo Cleudilon Silveira – o Passarim – é conhecido, nacionalmente, por imitar o som de mais de 36 espécies de pássaros e participou da Avistar.
Natural de Envira (a 1.208 quilômetros de Manaus), ele explicou que o interesse sobre o assunto surgiu como uma curiosidade de infância.
“Esse trabalho é focado na preservação e conservação do meio ambiente. Em mostrar que uma pessoa local (interior do Amazonas) começou a ouvir e, atualmente, reproduz o som”, disse o fotógrafo. “O birdwatching também é identificado pelo amazônida, que convive no meio da floresta”, destacou Cleudilon.
Onde fazer birdwatching?
O potencial turístico inclui o Amazonas na rota de observadores de pássaros. Nesse sentido, em Manaus, o Bosque da Ciência, parques do Mindu e Sumaúma, além do Jardim Botânico Adolpho Ducke, são pontos indicados para observação de pássaros. Os locais dispõem de guias para o acompanhamento dos visitantes nas trilhas e observação dos pássaros.
São observadas, segundo a bióloga e pesquisadora Dayse Campista, em Manaus, 32 espécies de beija-flor.
Práticas de observação
A escolha do lugar para observar, investir em binóculos, instrumento eficaz para observar os detalhes, mesmo estando em longa distância, além de ter um caderno para anotar, são as principais dicas para quem quer iniciar a prática, de acordo com os especialistas.
“Começar pela janela da sua casa. Ela começa no seu jardim. Coloca uma banana, um mamão e então os pássaros começam a chegar, e então você começa a observar as cores, o formato. Dessa forma, você começa a investir num binóculo, por exemplo”, indica o fotógrafo, Cleudilon Silveira.
Com a campanha “Não toque. Observe”, a Amazonastur ressalta que para realizar a prática de turismo seguro e legal, é importante seguir criteriosamente a observação em habitat natural, mantendo uma distância segura, sem tocar ou alimentar os animais, sejam aves ou não.
FOTOS: Arquivo/Secom | Anselmo D’Affonseca/Divulgação
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