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20 de junho de 2023O Dia do Cinema Brasileiro é comemorado nesta segunda-feira (19/06), e com os avanços no setor audiovisual no mercado local, o Amazonas recebeu, nos últimos quatro anos, mais de oito produções nacionais, com gravações na capital e interior. As produções cinematográficas vêm abrindo oportunidades para os artistas amazonenses, além de garantir fonte de renda e visibilidade no cenário nacional.
E com a proposta de capacitar agentes culturais, estaduais e municipais, o Ministério da Cultura aprovou o plano de ação apresentado pelo Governo do Amazonas, para o recebimento de recursos da Lei Paulo Gustavo (Lei Complementar n° 195, de 8 de julho de 2022).
O Amazonas receberá R$ 86,8 milhões, sendo R$ 51,5 milhões para o Estado e o restante será dividido entre a capital e os municípios.
O secretário de Cultura, Marcos Apolo Muniz, destacou que o estado vem trabalhando de forma próxima com o Governo Federal e com as classes artísticas para obter bons resultados na aplicação da lei, que resultará em retornos positivos para que os artistas possam financiar suas produções independentes.
“A Lei Paulo Gustavo é uma conquista da classe artística, que desde o início contou com a articulação do Governo do Amazonas para sua aprovação. É um recurso fundamental para que os artistas locais reestruturem suas atividades e retomem os projetos culturais que estiverem parados, além de movimentar a economia local, com perspectiva de alcançar de 30 a 50 mil trabalhadores da cultura de todo Amazonas”, ressaltou.
A Lei tem como objetivo garantir a retomada das atividades artísticas e culturais do Amazonas que sofreram significativamente com os impactos da pandemia da Covid19.
A atriz e bacharel em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Isabela Catão, participou de 12 filmes ao longo da carreira, tendo papel nas últimas três produções nacionais gravadas no estado.
Para Isabela, a Lei Paulo Gustavo é uma oportunidade de acreditar no crescimento do mercado audiovisual no Amazonas.
“A Lei é uma maneira de continuarmos fazendo o que acreditamos. Vamos conseguir produzir os nossos filmes, contar as nossas histórias, ter a nossa própria autonomia, é incrível. Mas não somente para os artistas de Manaus, porque existem muitos artistas talentosos no interior também. Isso nos traz a esperança de continuarmos fazendo o nosso trabalho através da arte”, disse.
Produções audiovisuais
Com o passar dos anos, o cinema brasileiro foi ganhando forma, se modificando e produzindo obras importantes para a sua trajetória cinematográfica. Certamente, de minissérie à filme, o Amazonas também faz parte dessa história.
A atriz Isabela Catão participou dos últimos três filmes nacionais de sucesso que tiveram a região como cenário. Além disso, o filme “O Rio do Desejo” é uma adaptação do livro de contos de Milton Hatoum estrelada pelos atores Daniel de Oliveira e Sophie Charlotte, gravado em Itacoatiara.
Ano passado, Manaus e o interior do Amazonas receberam as gravações de “Ricos de Amor 2”, continuação do sucesso da Netflix. Inegavelmente, uma ótima comédia romântica estrelada por Giovanna Lancelotti e Danilo Mesquita com direção de Bruno Garotti.
A grande novidade de “Ricos de Amor 2” foi a presença de atores locais e de origem indígena no elenco.
Catão contou sobre a experiência de contracenar com o elenco de fora dos dois filmes, sendo uma atriz nortista. Ela ressaltou que foi um grande aprendizado e um marco para a carreira profissional.
“Em ‘O Rio do Desejo’ eu fiz uma noiva, cujo noivo acaba deixando-a. Já em ‘Ricos de Amor’ eu faço a dona Onça, ela é uma hostel que está recebendo os convidados e barra o ator principal do filme na entrada do Teatro Amazonas. Foi um presente, você poder fazer essa troca com esses atores que estão há mais tempo na estrada. Nós temos a possibilidade de aprender com eles, a gente ensaia, observa e é linda essa troca, um presente”, contou.
FOTOS: Lucas Silva/ Secom e arquivo pessoal
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