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10 de dezembro de 2024Imagine um futuro distante onde a humanidade encontra arquivos e fósseis que revelam algo surpreendente: Os dinossauros possuíam uma civilização avançada e, assim como os humanos, também exploraram o planeta de maneira descontrolada e insustentável. Assim, a extinção dos dinossauros, antes atribuída a um desastre natural, foi na verdade, ocasionada por sua própria degradação ambiental. O enredo que acabamos de narrar poderia ser atribuído ao roteirista de um filme de ficção científica, porém, na verdade, foi totalmente criado por Lucas de Abreu, 11 anos, aluno da Escola de Educação Tecnológica Manaós Tech for Kids, para explicar a criação do game “O Último Rugido”.
Além de Lucas, o jogo também contou com a participação dos alunos Breno Monteiro de Moraes, 8 anos e Gabriel de Araújo Fernandes Belchior, 9 anos.
Tomando como base a história do período jurássico, Lucas fez uma analogia para recriar a explicação para a extinção dos dinossauros e relacioná-la aos tempos atuais de enfrentamento à crise climática vivenciada no Amazonas.
“Eu não tive uma inspiração específica. Veio tudo da minha cabeça quando juntei algumas ideias com temas específicos e pronto! Contei com a ajuda dos meus colegas Breno e Gabriel. Eles fizeram a programação e o cenário, enquanto fiz o Pixel Art (plataforma de artes digitais) e os personagens”, explica Lucas de Abreu.
Projeto premiado
O protótipo de game criado pelo pequeno gênio foi o que mais recebeu destaques na Mostra Tecnológica Manaós Tech 2024, ocorrida no último dia 30 de novembro. Ele conquistou as seguintes premiações: 1º Lugar na categoria Inovação e Criatividade; 1º Lugar na categoria Qualidade Técnica e Execução e 1º Lugar no Voto Popular.
A base do jogo foi desenvolvida no Construct 3: ferramenta (game engine) de desenvolvimento para a criação de jogos digitais multiplataforma em 2D, baseados em programação HTML 5. Ela permite criar games para smartphones, tablets, computadores, navegadores e, também, para o console Wii U.
De acordo com o professor Pedro Cabral, que orientou o projeto “O Último Rugido”, o trabalho de Lucas e equipe seguiu as orientações da Mostra Tecnológica para que os projetos apresentados fossem elaborados dentro da temática de “Sustentabilidade”.
“No game, o jogador fica alternando entre a realidade dele e a dos dinossauros, como se voltasse no tempo. Na realidade dele, esse jogador coleta baterias para abrir o portal. Ao atravessar o portal ele vira um dinossauro e volta no tempo. Aí ele tem que coletar artefatos e documentos que expliquem como a civilização dos dinossauros foi extinta”, explica o professor ao considerar o projeto “muito criativo”.
Extremamente criativos
O protótipo de game idealizado por Lucas de Abreu foi um dos 51 projetos apresentados durante a Mostra Tecnológica Manaós Tech 2024, momento que marca o encerramento do ano letivo e oportunidade para os pequenos inventores apresentarem seus trabalhos de conclusão de curso.
“Eu acho muito interessante esse espaço que a escola promove com a Mostra Tecnológica porque os alunos podem mostrar um pouco da sua criatividade, fazendo as coisas que aprenderam na escola”, comenta Lucas.
A Mostra Tecnológica Manaós Tech acontece há cinco anos e vem revelando verdadeiros talentos e criatividade de meninas e meninos. Sob a orientação dos professores, os pequenos gênios desenvolvem trabalhos focados em soluções tecnológicas que tragam impactos socioambientais. Em 2024, o tema central foi a “Sustentabilidade”.
“Esse ano, os alunos demonstraram um engajamento excepcional apresentando projetos extremamente criativos que abordam temas de grande relevância para a humanidade. Vivemos em uma era em que as respostas aos desafios climáticos precisam ser rápidas e inovadoras, e foi exatamente isso que eles entregaram. Desde invenções tecnológicas robustas até jogos com histórias profundamente criativas”, ressalta o CEO da Escola Manaós Tech, Glauco Aguiar.
Para Glauco, nesta edição da Mostra ficou evidente a preocupação em utilizar a tecnologia para enfrentar um dos maiores desafios do nosso tempo.
“Ver esses jovens e crianças assumirem, mais uma vez, o papel de protagonistas na busca por soluções para as problemáticas de nossa realidade, nos enche de orgulho e esperança”, ressalta o diretor da escola.
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