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8 de março de 2017NOVIDADES| O público que possui deficiência visual tem, a partir deste mês, à disposição na Biblioteca Braille do Amazonas, mais dois novos títulos falados: o “Lendas Amazônicas”, de Manoel Santiago e “Amazônia, Mitos e Lendas”, de Daniela Küss e Jean Torton, com tradução de Ana Maria Machado.
O trabalho de leitura e gravação do livro para dar acessibilidade às pessoas com qualquer tipo de deficiência visual é realizado pelo Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e seu Departamento de Bibliotecas, que possui um acervo de 4.700 livros falados, com produção na própria Biblioteca Braille do Amazonas em parceria com a Fundação Dorina Nowill para Cegos, de São Paulo, e aquisições por meio de doações de outras instituições.
O livro “Lendas Amazônicas”, do grande pintor e autor amazonense Manoel Santiago (1897-1987), das Edições do Governo do Estado do Amazonas, possui, entre as narrativas do imaginário amazônico, as lendas da Yara, do Jurupari, do Tican, do Curupira, da Cobra Grande, do Boto, do Uirapuru, entre outras, devidamente ilustradas por gravuras feitas pelo próprio pintor/autor.
Na produção da audiodescrição, toda a pronúncia do vocabulário indígena é respeitada, e os termos não usuais são soletrados para que o ouvinte tenha total conhecimento do que é falado.
Da mesma forma se deu o processo de gravação do livro “Amazônia, Mitos e Lendas”, de Danielle Küss e Jean Torton, com tradução de Ana Maria Machado, que tem no repertório “A Lenda do Eldorado”, “De onde vem o fogo”, “As Flechas Serpentes”, “No reino dos urubus”, dentre outros capítulos que narram a visão dos povos indígenas sobre o surgimentos das coisas. Com isso, a narrativa dos mitos, que vem da oralidade, volta para a oralidade, dentro do processo de acessibilidade.
De acordo com o gerente da Biblioteca Braille, Gilson Mauro, o projeto contribui para a apropriação da herança cultural brasileira. “Esse projeto surgiu para que as pessoas com deficiência visual pudessem conhecer a cultura da Amazônia. As lendas ajudam a construir nossa história, a partir do imaginário do povo indígena”, declarou.
O processo de audiodescrição dos livros, falados e gravados no formato MP3, é longo, pois a gravação é realizada capítulo por capítulo dos livros e pode durar até um mês, até que se finalize a obra.
A leitura e gravação acontecem nos estúdios da Biblioteca Braille por meio de ledores (voluntários). Para se tornar um, é necessário possuir uma boa leitura, procurar a biblioteca para fazer um teste e agendar horários, durante a semana, para realizar as gravações.
Para o mês de abril, a Biblioteca prepara um novo título falado, intitulado “No fundo do Rio Amazonas”, de autoria de Glorinha Novaes.
Os livros falados estão à disposição na Biblioteca Braille, que oferece ao público, também, títulos de filmes com audiodescrição, realiza transcrição de livros em Braille, disponibiliza brinquedos, instrumentos musicais e cursos de informática e música (teclado e violão), num ambiente acolhedor e acessível para crianças, jovens, adultos e idosos, com uma equipe de profissionais preparados.
O local está aberto ao público de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, no Centro de Convenções Gilberto Mestrinho – Sambódromo, Bloco C, avenida Pedro Teixeira, nº 2.565, bairro Dom Pedro.