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10 de novembro de 2018CIÊNCIA| Dando provas da qualidade da educação básica em Manaus, seis alunos da rede municipal foram selecionados para participar da Genyus Olympiad, competição científica que acontece em Nova Iorque, nos Estados Unidos, em junho de 2019. As credenciais para exposição internacional foram oferecidas pela Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abrinc), em reconhecimento aos projetos em que os estudantes estão envolvidos terem sido vencedores da 6ª Feira de Ciências da Amazônia (FCA), realizada nos dias 6 e 7 deste mês.
O prefeito Arthur Virgílio Neto parabenizou o desempenho dos jovens que estudam nas escolas municipais Lucila Freitas, localizada na Colônia Santo Antônio, e Engenheiro Alberto Braga, que fica na Cidade Nova, ambos bairros da zona Norte da capital.
“É sempre uma alegria muito grande ver que os nossos alunos estão, cada vez mais, alçando voos mais altos. Sinto um enorme orgulho e, ao mesmo tempo, a sensação de que estamos no caminho certo em nossas ações pedagógicas. Parabéns aos estudantes e desejo muita sorte”, disse o prefeito, durante o lançamento do Programa Bolsa Universidade (PBU) 2019, realizado nesta sexta-feira, 9/11, no auditório da Casa Militar, zona Oeste da capital.
A Feira de Ciências da Amazônia deste ano reuniu 31 projetos científicos, desenvolvidos por unidades de ensino da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e instituições privadas, contando com o apoio da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). A rede municipal apresentou nove projetos, entre eles os dois vencedores, que tratam de questões de sustentabilidade, obtenção e preservação dos recursos hídricos.
Maycon Silva, de 15 anos, Victor de Souza e Ana Caroline, 14, estudam na escola Lucila Freitas e são os responsáveis pelo projeto “Bomba d’água de pistões líquidos solares e bomba carneiro: Captação de água de forma sustentável” que, a partir da criação de uma bomba de água, buscou proporcionar a vivência e discussão das dificuldades ao acesso à água potável na Região Amazônica, seja em áreas rurais ou urbanas, além de incentivar os estudantes a buscarem alternativas de sustentabilidade.
Victor explicou os desafios na criação do projeto que, com tempo, foi aprimorado até alcançar o resultado que esperavam. “Até fazer com que a bomba funcionasse perfeitamente foram muitas dificuldades, principalmente nas válvulas, mas não desistimos e fomos melhorando até fazer funcionar perfeitamente”, lembrou.
Sobre a exposição internacional, o estudante disse que a expectativa para participar é grande e garante que representará muito bem a cidade de Manaus. “Eu estou bem animado para participar dessa feira, quero aprender inglês para explicar sem a ajuda de um tradutor”, comentou.
Segundo o coordenador da equipe, Cláudio Vieira, o resultado da feira é a consequência da dedicação dos estudantes para que o projeto desse certo. “É muito gratificante ver a superação desses alunos. Eles precisaram entender conceitos físicos que já tinham estudado, além de enfrentar os seus próprios medos, como falar em público. Essa vitória é para que eles acreditem no potencial que cada um tem”, destacou.
Sustentabilidade
Na Escola Municipal Engenheiro Alberto Braga, o projeto “Sustentabilidade geográfica com ênfase na preservação da água como recurso hídrico da comunidade escolar”, que busca a reciclagem do óleo de cozinha, transformando-o em sabão e evitando que a comunidade despeje o material no esgoto, preservando assim os recursos hídricos, foi desenvolvido pelos estudantes Saidy Carvalho, 15, Alice Silva e Maria Clara Rebelo, 14.
Maria Clara ficou surpresa com a vitória, já que, para ela, era difícil ganhar de outros projetos também importantes para a sociedade. “Quando anunciaram que tínhamos ganhado fiquei surpresa e feliz, tinham tantos projetos bons e importantes, mas agora vamos poder mostrar em Nova Iorque como a nossa comunidade cuida do meio ambiente”, falou emocionada.
Para o coordenador do Programa Ciência na Escola (PCE) na Semed, Rosivaldo Moreira, esse tipo de competição é importante por despertar nos alunos o interesse pela ciência e pelos projetos desenvolvidos nas escolas.
“A socialização dos resultados é muito importante, porque acaba empolgando os outros alunos que não participam de projetos, eles acabam percebendo a importância de estar envolvidos nas atividades da escola e isso é muito bom, aumentamos a possibilidade de alunos cientistas”, comentou Rosivaldo.
Fotos: Lton Santos / Semed