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21 de junho de 2019Manaus, como a maioria das cidades brasileiras, nasceu de núcleos urbanos que se disseminaram sem infraestrutura planejada. A natureza foi a mais afetada com a devastação de grande parte da floresta nativa para a construção de casas e ruas. Além disso, a adequação posterior custou aos órgãos públicos recursos dobrados. O bairro Parque Mosaico, instalado na Zona Centro-Oeste de Manaus, surge com uma proposta que vai na contramão da forma tradicional de ocupação humana: ofertar infraestrutura modelo com a preservação do meio ambiente.
No Parque Mosaico, que abrange os bairros Planalto, Lírio do Vale, Jardim de Versailles e Tarumã, será implantado um grande parque ecológico com aproximadamente 730 mil m² de área verde. O espaço destinado a fauna e flora é quase o dobro da área do Parque Municipal do Mindu, que possui 408 mil m².
“O bairro tem área total de 2,5 milhões de m². Como aqui funcionarão outros empreendimentos, parte do terreno não conta mais com a mata original. Nestas áreas, serão edificados os prédios, que seguem um padrão internacional de qualidade. No ponto reservado para o parque, existem três nascentes de onde brotam água cristalina. Elas serão preservadas assim como todo o curso do igarapé”, explicou o empresário da DPC Empreendimentos, Dalton Cabral, um dos sócios do bairro.
De acordo com Dalton, as Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) serão edificadas conforme a legislação vigente, sendo implantada uma principal para o bairro e todos os condomínios isolados também terão estação de tratamento de efluentes próprias, com isso preservando todos os igarapés com nascentes dentro do terreno. As ETEs tratarão os resíduos oriundos dos esgotos e o descarte seguirá os padrões determinados pela legislação brasileira de forma a não contaminar a região.
Mobilidade urbana
O Parque Mosaico contará com avenidas e ruas edificadas dentro das normas para elevar o tempo de durabilidade do asfalto, evitando os buracos e proporcionando acesso tanto para os moradores do local quanto de áreas circunvizinhas para a Avenida Desembargador João Machado e Avenida do Turismo, que leva a Zona Norte da capital.
As vias padronizadas e o verde abundante devem estimular o retorno de um hábito antigo do amazonense: a caminhada. Além disso, os idealizadores do projeto apostam na utilização da bicicleta como meio de transporte mais frequente tanto no parque quanto nas inúmeras praças que serão construídas.
Dalton Cabral também explica que todos os condomínios terão bicicletas compartilhadas e, além das entregues pelo condomínio, também estão incluídos os bicicletários. Bem como todas as avenidas principais e secundárias contarão com ciclo faixas e ciclovias, em pontos que forem necessários.
Segundo o empresário Jose Henrique Loureiro Lanna, sócio diretor da Mixcon Incorporadora, o bairro apresenta um conceito inovador, que está sendo amplamente difundido em todo o mundo, o “Novo Urbanismo” que alia inovação a qualidade de vida, promovendo sinergia entre os diversos tipos de uso: moradia, comércio, serviços, lazer, cultura. Os espaços são interligados, propiciando a “walkability”, tendência mundial de resgate da caminhada. A concentração das principais demandas dos moradores na mesma área evitará o deslocamento para outras regiões da cidade e, por consequência, a diminuição da perda de tempo em congestionamentos e estresse.
O Projeto
As empresas Mixcon Incorporadora e DPC Empreendimentos começam a instalar numa área de 2,5 milhões de m² o novo bairro modelo de Manaus, que tem prazo de implantação completa estimado em 10 anos. A primeira empresa a aderir a este grande projeto, foi a MRV Engenharia. A maior construtora da América Latina e segunda maior do mundo.
O Projeto de Urbanismo do novo bairro e assinado pela DPZ (Duany Plater – Zyberk & Company), empresa de arquitetura e urbanismo sediada na Florida, Miami, sendo um dos maiores escritórios do segmento no mundo. E o escritório autor do Novo Plano Diretor da cidade de Miami. O Projeto de paisagismo do bairro leva a assinatura de Benedito Abbud, referência nacional em paisagismo, com mais de 50 (cinquenta) projetos já desenvolvidos em Manaus.
O projeto inteligente visa a implantação de um bairro sustentável, abrangendo todas as funções indispensáveis ao bom funcionamento de uma nova centralidade. Está localizado em uma área urbana bastante adensada, na região da Ponta Negra, próximo também ao aeroporto Eduardo Gomes.
Com recursos da iniciativa privada, o novo empreendimento receberá 90 mil m2 de asfalto, sendo aproximadamente 20 quilômetros de avenidas públicas que também serão edificadas, entre avenidas principais e secundárias, cuja principal é a Avenida Desembargador João Machado que interliga à Avenida do Turismo, a qual dá acesso à Ponta Negra e Avenida do Futuro.
O bairro tem público residente estimado em 100.000 pessoas ao longo de todas as suas fases. Serão 25 mil unidades habitacionais instaladas em edifícios. Diversas centralidades compostas por equipamentos comerciais de pequeno e grande porte atenderão tanto os moradores do Parque Mosaico quanto os que residem no entorno.
Segundo Lanna, a área comercial do bairro irá dispor de gestão centralizada: “As áreas comerciais se difundem ao longo do projeto, com destaque para uma rua de uso misto, denominada neste projeto de “Calçadão”. Neste local, funcionará um complexo composto por lojas de rua com espaços para padaria, mercearia, cursos profissionalizantes, açougue, salão de beleza, sapateiro, butique, assim como lojas de rede ou de franquia assim como todo tipo de operações comerciais e de conveniência. A centralização potencializará a geração de emprego e renda para os moradores do Parque Mosaico e para investidores, que prospectam ganhos com atividades empreendedoras numa região projetada conforme o modelo inteligente de ocupação urbana”.
As Fases
O projeto será realizado em cinco fases. Na primeira, a Avenida Desembargador João Machado, principal eixo viário e modal da zona oeste de Manaus será prolongada até a Avenida do Turismo, criando-se um novo corredor Urbano para Manaus. A Mixcon Incorporadora em parceria com a MRV Engenharia promoveram melhorias urbanas como pintura, sinalização, paisagismo e asfaltamento na infraestrutura viária do entorno do projeto. A obra beneficiou a população local sem gerar custo para o poder municipal.
Foto: Hugo Araújo