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9 de novembro de 2019A Amazônia é um dos principais santuários da biodiversidade do planeta que constantemente recebe a visita de estudiosos e cientistas de todo o mundo. Nas comunidades tradicionais da região, eles conhecem a fauna e a flora para saber como os moradores dessas localidades usam a natureza para prevenir e curar doenças. Em Santarém, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), desenvolve o Projeto Arranjo Produtivo Local (APL), de plantas medicinais e fitoterápicos, com a finalidade de incrementar a assistência farmacêutica municipal e o acesso a medicamentos fitoterápicos de qualidade pelos usuários do SUS de Santarém.
Por conta do trabalho de valorização dos saberes tradicionais associados a saúde, o Projeto APL participou do I Simpósio Brasileiro sobre o Acesso ao Patrimônio Genético e Conhecimento Tradicional Associado, que encerrou nesta quinta-feira (07), na Faculdade Nacional de Direito do Rio de Janeiro (UFRJ).
De acordo com a coordenadora desta iniciativa, Conceição Menezes, o projeto foi o único na esfera pública, presente no evento, sendo bem avaliado pelos presentes.
“Apresentamos o exitoso trabalho do projeto aos participantes do todo o Brasil que participaram do simpósio. Eles avaliaram como positivo o processo de construção do conhecimento tradicional para a geração de benefícios à saúde e tivemos a grata surpresa de Santarém ser o único projeto na esfera governamental a participar do evento,. Isso mostra nosso compromisso em buscarmos alternativas em gerar benefícios a população que tanto precisa dos nossos serviços”, explicou a coordenadora.
O projeto é desenvolvido na região do Eixo-Forte e engloba o polo de produção de plantas medicinais localizado nas dependências do Centro de Recuperação Agrícola Sílvio Hall de Moura (CRASHM/Susipe/PA), com o intuito de aliar o saber tradicional ao científico, orientando o uso de plantas no sentido de posologias e indicações terapêuticas adequadas, ampliando a disponibilidade de opções terapêuticas confiáveis por meio do SUS.
“Incentivamos e apoiamos todas as iniciativas que tragam benefícios à saúde da nossa população. Vivemos em uma região em que a natureza é rica em matéria-prima terapêutica, que são muito utilizadas por nossas comunidades tradicionais e pesquisas por estudiosos do mundo inteiro, afim de produzir produtos que contribuam para o tratamento e cura de doenças”, enfatizou a secretária municipal de Saúde, Dayane Lima.
O Grupo Conquista de Ervas Medicinais (GCEM), representado por Luciene Sardinha, também de Santarém, participou do evento evidenciando como essa integração pode resultar em benefícios para a sociedade, e como as ervas medicinais têm sido utilizadas na produção e distribuição de remédios fitoterápicos, numa parceria realizada com o Governo do Estado e o Sistema Único de Saúde.
O evento reuniu importantes instituições que tratam da saúde e do fazer tradicional como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Governo Federal, academias, empresas, agricultores e detentores desses saberes com o objetivo de compartilhar diferentes visões e perspectivas voltadas ao fomento da biodiversidade no desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do país.