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16 de dezembro de 2019O filhote de boto tucuxi recém-nascido, resgatado no início da tarde deste sábado (14), nas imediações do Porto da Companhia Docas do Pará (CDP) está em observação sob cuidados veterinários do ZooUnama. O animal estava encalhado às margens do Rio Tapajós, ferido e ainda com parte do cordão umbilical. Equipes de fiscalização ambiental da Prefeitura de Santarém/Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), ZooUnama e do 4º Grupamento de Bombeiro Militar (4º GBM) realizaram a operação.
“Tivemos conhecimento desse boto pela guarda portuária de Santarém. A chefia entrou em contato conosco e de imediato nossa equipe se deslocou para o local e constatamos que o animal estava lá. Procedemos com a logística para tirar das margens do rio, pois ele estava se debatendo bastante”, informou o chefe de fiscalizações da Semma, Arlen Lemos.
Segundo os agentes de resgate, o filhote pode ter se perdido da mãe após o nascimento ou ainda ter sido rejeitado, suspeitas também giram em torno de que a mãe pode ter sido morta.
O exemplar foi encaminhado para receber cuidados veterinários no zoológico de Santarém. “Aparentemente ele está saudável, mas apresenta um ferimento no focinho. Foi encontrado ainda com o cordão umbilical que já foi retirado pela equipe técnica do zoológico, ele está recebendo alimentação através de sonda e agora os esforços são para mantê-lo saudável e devolver à natureza”, informou a coordenadora do ZooUnama, Mary Jane Carvalho.
O filhote tem medida de 90 centímetros de comprimento e pesa 8 quilos. Essa é a primeira vez que os órgãos realizaram o resgate de um boto tucuxi filhote em Santarém e região que se tem registro.
Boto tucuxi
Espécie típica da Amazônia, o boto tucuxi – Sotalia fluviatilis -, descende da família dos golfinhos. É encontrado na Venezuela, Brasil, Peru e sudeste da Colômbia. Vive somente em água doce. Os tucuxis caçam em grupos, perseguindo os peixes logo abaixo da superfície da água.
De acordo com site Eco, atualmente a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, em Inglês) aponta que não existem informações suficientes para classificar o risco que a espécies sofre de ser extinta. Mas, é preocupante a redução no número de animais, somada a outras ameaças, suficiente para classificá-los como “Criticamente Ameaçados”.
Caçar animal silvestre é crime
A Lei de Crimes Ambientais nº 9.605/98 prevê que quem matar, perseguir, caçar, apanhar, utilizar espécies da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização dos órgãos ambientais, receberá multa no valor de R$ 5 mil por unidade de animal pego com o criminoso.
Denuncie
Conforme à Lei Federal Complementar n° 140/2011 podem atender as demandas de crimes ambientais qualquer um dos seguintes órgãos: 1ª Companhia Independente de Policiamento Ambiental (1ª Cipam)/Polícia Militar, via NIOP (190); Delegacia de Meio Ambiente (Dema)/Polícia Civil (PC), via 181; Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), pelos fones: (93) 3524-7450/7452/7453; Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), pelo (93) 3522 5452; e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), via “Linha Verde”: 0800 618080.
É a partir da denúncia que qualquer um dos órgãos poderá tomar as providências cabíveis; pois é no ato do registro, diretamente aos órgãos, que o cidadão prestará o máximo de informações para se chegar aos responsáveis pelo crime.