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24 de janeiro de 2020O testemunho da cobertura sobre a maior tragédia ambiental do País, desafios e curiosidades será dado pelo O repórter fotográfico amazonense Edmar Barros, neste sábado, 25.01.20, quando completa-se um ano da tragédia que tirou a vida de 270 pessoas pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, na cidade de Brumadinho (MG), pertencente à multinacional da mineração, Vale.
O bate-papo “Tragédia e Heróis” com a categoria, estudantes e interessados sobre o tema é gratuito e acontecerá às 17h, na sede do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Amazonas (SJPAM), localizada na Praça Santos Dumont, nº 15 – Centro, próximo à Casa do Eletricista (R. Silva Ramos). Para ilustrar o tema, o jornalista fez uma seleção de fotos – algumas inéditas – a fim de dar a dimensão do trabalho.
” Foi uma das coberturas mais difíceis que já fiz, se não a mais difícil. Tudo muito intenso e marcante. Do ponto de vista físico, dormíamos pouco porque tínhamos que sair cedo para enfrentar estrada, que estavam bloqueadas. Por outro lado, todos que conhecíamos tinham perdido alguém. Brumadinho é uma cidade pequena, com 39 mil habitantes, então todo mundo tinha perdido alguém. Havia famílias com 4 ou 5 perdas. Foi um desgaste emocional muito marcante”, afirma Edmar Barros.
Sobre a mais longa operação de resgate já realizada no Brasil – atividades ainda estão em curso – ele afirma que um fato marcante presenciado foi o trabalho de voluntários na região.
“Vimos a entrega deles ali, no meio da tragédia. Foi uma coisa que me marcou muito”.
Diferentemente das coberturas realizadas na Amazônia, o sinal de Internet não foi um problema enfrentado.
“As operadoras liberaram o sinal internet no perímetro do desastre, então conseguíamos mandar fotos instantaneamente, inclusive, dentro do mato por onde entrávamos para conseguir os registros”.
Barros explica ainda que como chegou ao local seis dias após o rompimento da barragem, enfrentou dificuldades de acesso, o que não impediu a realização do trabalho.
“A cada dia que passava, o acesso a tudo no entorno da operação era mais complicado. Os primeiros dias não tiveram tanta restrição de acesso, mas mesmo assim consegui fazer o trabalho”, conta o repórter fotográfico que foi convocado para reforçar a cobertura para uma agência de notícias.
“Foi uma oportunidade também para conhecer jornalistas de toda a imprensa brasileira e internacional. Um momento marcante para todos que vivenciaram aquilo”, completa.