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25 de fevereiro de 2020Com a média de deslocamento de uma hora e meia, para distâncias curtas, e até seis horas no deslocamento e retorno à base situada no Porto de São Raimundo, zona Oeste da capital, as equipes de saúde da área fluvial consolidam o atendimento prestado pela Prefeitura de Manaus nas comunidades ribeirinhas localizadas nas calhas dos rios Negro e Solimões.
Entregues na gestão do prefeito Arthur Virgílio Neto, como parte das ações de fortalecimento e ampliação da rede de atenção básica do município de Manaus, as duas Unidades Básicas de Saúde Fluvial (UBSFs) são reguladas pela Central do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (SAMU 192), modalidade pela qual registraram 210 ocorrências em 2019. “São profissionais experientes e qualificados para as especificidades do serviço”, destaca o médico Domício Filho, diretor técnico da Central SAMU 192.
Com conhecimento sobre as comunidades e suas áreas de difícil acesso, as equipes funcionam em regime de plantões 24 horas por dia, nos sete dias na semana, e contam com a ajuda de comunitários para executar o atendimento. São casos de mordidas de cobras, fraturas em decorrência da queda de árvores nas matas e agrovilas, partos, e até disparo de arma de fogo, como conta o adolescente Kaled Amorim, de 16 anos, morador da comunidade Agrícola da Paz, assentamento do Instituto Nacional de Colonização Agrária (Incra).
“Um caseiro conhecido como ‘Pará’’ só está vivo porque o SAMU chegou a tempo. Ele levou um tiro de revólver no ombro após uma discussão. Conseguimos levar ele até a beira do rio e depois a ‘ambulancha’ transferiu para Manaus”, disse Amorim.
Protagonistas de histórias de vida e de solidariedade humana, para além apenas do cumprimento do dever profissional, os condutores Daniel Simões, Erivaldo Silva, Mário Jorge e o técnico em Enfermagem Francisco Lopes, atuam nos casos de urgência à saúde há, pelo menos, dez anos.
“Além da falta de atracação da nossa UBSF na maioria dos rios ou igarapés nas comunidades, existem locais com escadas construídas pelos comunitários onde a inclinação dificulta o transporte das vítimas”, revela Mário Jorge.
Apoio terrestre
Os resgates realizados pelo SAMU 192 Fluvial possuem apoio na parte terrestre. Em Manaus, as vítimas das comunidades localizadas no rio Negro são recebidas na Marina do David, área da Ponta Negra, e no Porto de São Raimundo, na base de Catuiara. Vindos das comunidades do Baixo Amazonas, são os portos do Puraquequara e Ceasa.
No rio Negro, o SAMU Fluvial realiza a cobertura das comunidades de Nossa Senhora de Fátima, Livramento, Ebenézer, Julião, São Sebastião, Agrovila, Tupé, Paricatuba, Arara, Jaraqui, Baixote, Santa Maria, Cueiras, Mipindiaú, Aruaú, Cacau-Pirêra e Porto do Brito. Na calha do rio Amazonas (Solimões) situam-se as comunidades da Ceasa, Jatuarana, Guajará, Bonsucesso, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Nossa Senhora do Carmo e Lago do Arumã.
Histórico
O SAMU 192 é resultado da iniciativa do Ministério da Saúde (MS), criado em 2003, para integrar a Rede de Atendimento de Urgência e Emergência, com a proposta de efetivação do modelo de assistência padronizado que opera através do acionamento à Central de Regulação das Urgências, com discagem telefônica gratuita e de fácil acesso (linha 192), com regulação médica regionalizada, hierarquizada e descentralizada.
Fotos – Altemar Alcântara / Semcom