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12 de março de 2020Com o forte propósito de inserir Manaus entre as melhores cidades como destino turístico, o presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Manaus (CODESE Manaus), Romero Reis, participou de reunião com o presidente da Manauscult, Bernardo Soares Monteiro, nesta quarta-feira, 11, na sede da instituição de cultura e turismo. Na ocasião, também estiveram presentes o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Amazonas (Abrasel-AM), Fábio Cunha; e presidente da Associação Brasileira de Agentes de Viagens (ABAV), Roberto Tavares, bem como membros das referidas instituições representadas.
Transformar a capital do Amazonas num dos principais destinos de turistas nacionais e estrangeiros é a meta do CODESE Manaus a ser alcançada até 2038. O presidente Romero Reis propôs colocar em prática um plano de ação para viabilizar o projeto de criar um calendário turístico de Manaus, em harmonia com as entidades representativas de cultura e turismo, tais como a Manauscult, Amazonastur, bem como levar em consideração os eventos propostos pela sociedade civil organizada.
“Manaus é uma cidade incrível e podemos valorizar e incentivar esse potencial. Precisamos realizar uma gama de eventos para tornar possível que Manaus seja capaz de receber um milhão de turistas por mês. A capital amazonense tem potencial para receber o que o Brasil recebe durante o ano. Temos que receber um cruzeiro por dia, isso vai proporcionar demanda de serviços, desenvolvimento de artesanatos e mais postos de trabalho de qualidade”, prospectou Romero Reis.
De acordo com o presidente da Manauscult, a instituição tem interesse em firmar novas parcerias e colaborar para a confecção de um calendário de eventos culturais da cidade.
“O Codese é um caminho possível para conseguir viabilizar esses projetos de turismo para tornar e colocar Manaus no roll das principais cidades mais atraentes para receber turistas de todo o mundo”, destacou Bernardo.
Investimentos
Atualmente, Manaus recebe cerca de 60 mil turistas mensalmente, com uma taxa de 52% de ocupação nos hotéis da cidade. No entanto, Romero Reis garante que com um plano de ação alinhado e fortalecido entre as entidades representativas da cultura e turismo é possível multiplicar em até dez vezes essas visitas em curto prazo. A perspectiva é de que o crescimento deste índice se mantenha pelos próximos dez anos.
“Com o apoio e união durante o desenvolvimento desses eventos, será possível movimentar diversos setores da economia na cidade, tais como rede hoteleira, restaurantes e transportes, promovendo mais arrecadação e divulgação da nossa cidade de forma positiva. Para isso, precisamos criar mecanismos ideais que permitirão pular de 60 mil para 600 mil turistas por mês”, garante.
A diversificação dos setores econômicos com a respectiva redução da dependência dos recursos oriundos do Polo Industrial de Manaus (PIM) foi defendida como prioridade no projeto de inserção de novas cadeiras produtivas.
“Atualmente a cidade de Manaus tem um faturamento de R$ 100 bilhões por ano no Polo Industrial. No entanto, queremos que dois terços desse faturamento sejam gerados por outras atividades econômicas além do Polo, ou seja, que sejam provenientes de ações desenvolvidas a partir das esferas culturais e de turismo. É uma meta audaciosa, mas totalmente possível de ser realizada”, afirmou o presidente do Codese.
O presidente da Abav reiterou a importância de firmar parcerias.
“Precisamos trabalhar como sociedade civil organizada para unir forças, inovar e trazer alternativas ao Polo Industrial de Manaus, alcançando o desenvolvimento, gerando novas fontes de arrecadação para nossa cidade. E, principalmente, torná-la uma das melhores cidades para receber turistas, tanto nacionais quanto internacionais”, declarou Roberto Tavares.
Inovação
Uma pauta que também ganhou destaque pelos representantes durante a reunião foi o Centro histórico de Manaus. Para Bernardo Monteiro, é preciso tornar o local comercialmente interessante para a iniciativa privada investir.
De acordo com Romero Reis, atualmente, o Centro é um local que tem uma densidade habitacional baixa e esse cenário pode e deve ser redimensionado.
“O Centro tem potencial para ser um distrito de inovação, o qual pode funcionar como uma espécie de ‘satélite’. O que vai dar vida àquele local é levar startups, comércios e incentivar moradias para expandir a ocupação do Centro Histórico”, afirmou.