Ponta Negra segue interditada e fiscalização será intensificada com PM e Guarda Municipal
1 de junho de 2020Concurso Nacional Novos Poetas. Sarau Brasil 2020
1 de junho de 2020Nos dois meses de agravamento da pandemia de Covid-19 no Amazonas, os cemitérios públicos e privados de Manaus registraram 5.168 sepultamentos e cremações. Foram 2.809 no mês de abril e mais 2.359 em maio. O sistema funerário público gerido pela Prefeitura de Manaus foi responsável por 4.334 desses enterros, o equivalente a 83,8%.
No mês de abril, os cemitérios públicos registraram 2.435 sepultamentos e cremações, enquanto que em maio foram 1.899. Apesar da redução de sepultamentos e cremações, os óbitos registrados tendo como causa a Covid-19 tiveram um crescimento de 83,1%, saindo de 190, em abril, para 348 no mês de maio.
“O cenário ainda é preocupante, os números não mostram que a contaminação pelo novo coronavírus está controlada. Por isso, fui contra a reabertura do comércio nesta segunda-feira, porque temo uma segunda onda de casos e, talvez, mais violenta que a primeira”, alertou o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto. “Peço para que todos tenham cautela, usem máscaras e sigam as regras de distanciamento social. Não sou a favor do plano de reabertura proposto pelo governo estadual, mas darei o apoio necessário para que os ciclos de liberação ao funcionamento sejam obedecidos pelos comerciantes”, concluiu.
A demanda no sistema funerário público de Manaus segue ainda acima da média do período anterior à pandemia. No mês de maio, a média diária de sepultamentos foi de 61, mais do que o dobro em relação às médias diárias registradas em janeiro (29), fevereiro (27) e março (28) e de todo o ano de 2019 (29). Em abril, com o pico de mortes nos últimos dez dias, foram registrados, em média, 81 sepultamentos por dia.
Comparado a maio de 2019, quando ocorreram 860 sepultamentos nos cemitérios públicos de Manaus, o mesmo mês neste ano teve 120% a mais de sepultamentos. O pico de mortes nos cemitérios públicos neste mês de maio foi registrado no feriado do dia 1º (Dia do Trabalhador), quando ocorreram 126 sepultamentos, sendo três cremações.
De acordo com a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp), que administra os cemitérios públicos de Manaus, do total de sepultamentos em maio, 34 foram de óbitos oriundos do interior do Amazonas e 401 de mortes em domicílio. A Semulsp informa, também, que os cemitérios privados registraram 460 sepultamentos no mês, sendo 338 no Cemitério Recanto da Paz, em Iranduba, na região metropolitana de Manaus, e 122 no Parque Tarumã, no bairro Tarumã, zona Oeste.
Para o secretário da Semulsp, Paulo Farias, a tendência de queda de sepultamentos em maio não deve ser encarada como um relaxamento na prevenção à Covid-19.
“Encerramos maio com uma visível tendência de quedas no número de sepultamentos diários em Manaus e isso é bom. Entretanto, apelamos à população para que mantenha os cuidados, evite contaminação desnecessária, evite o surgimento de novos casos dessa doença que tanta tristeza e tanto transtornos vem trazendo a todos”, disse.
Manaus possui dez cemitérios públicos, sendo seis na área urbana e quatro na zona rural. Desses, somente o Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste, possui capacidade para novas sepulturas. Nos demais, só é possível realizar enterros se a família da pessoa morta já possuir uma sepultura no local.
Informe Funerário
A Prefeitura de Manaus informa que, neste domingo, 31/5, foi registado um total de 47 mortes nos cemitérios públicos e privados da cidade, sendo dois oriundos do interior do Amazonas. Nos espaços administrados pela Semulsp, foram 32 sepultamentos e uma cremação. Já nos particulares, ocorreram 14 enterros.
Do total de sepultamentos e cremações no sistema público, nove foram de óbitos em domicílio e nove utilizaram o serviço SOS Funeral, gerenciado pela Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc). Entre as causas de morte, nove pessoas tiveram no atestado a confirmação para Covid-19. Outras quatro pessoas foram registradas como causa desconhecida ou indeterminada e também oito por motivo de síndrome ou insuficiência respiratória ou ainda parada cardiorrespiratória.
Fotos – Alex Pazuello/Semcom