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14 de junho de 2020“O senador Davi Alcolumbre agiu de maneira correta, essa MP era um ataque à democracia brasileira”, disse o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, sobre a decisão do Congresso Nacional em devolver, nesta sexta-feira, 12/6, ao governo federal, a Medida Provisória 979, que daria ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, o poder de escolher reitores temporários em universidades e institutos federais, sem consulta prévia, durante a pandemia do novo coronavírus. A proposta foi considera inconstitucional pelo Senado.
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Virgílio pede para que o ministro não faça distinção de reitores e que foque no trabalho em prol da educação brasileira.
“O ministro Weintraub tem que entender que não tem direita, não tem esquerda, não tem centro, o que tem é aquele que ganhou com os votos e que deve ser empossado livremente. Nada de o ministro indicar gente que pense como ele, pois ele queria um monte de Weintraubzinhos mandando nas universidades, ele não tem esse direito”, defendeu.
Arthur comparou a medida aos tempos da ditadura militar, quando cargos políticos eram feitos por indicação e não pelo voto direto.
“Essa ideia não vinga, não passa pela sociedade, não passa pelo Congresso, não deve passar por ninguém. Ele [Weintraub] está propondo um retrocesso com reitores biônicos, isso foi feito na época da ditadura e não podemos deixar que aconteça novamente. Vamos continuar lutando para defender a democracia”, ressaltou Virgílio.
O prefeito finalizou o recado pedindo que o ministro da Educação mude atitudes para que aja de acordo com o cargo que exerce.
“Procure ouvir sem distinção e ganhará o respeito de volta por mérito. O que se espera de um ministro da Educação é que ele eduque e ao indicar reitores biônicos está deseducando, esse não é o seu papel. Fora da democracia não há salvação”, finalizou Arthur Neto.
Fotos – Mário Oliveira / Semcom