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9 de julho de 2020A amêndoa de cacau produzida em solo paraense tem sido escolhida, cada vez mais, como matéria-prima para a produção de muitas marcas de chocolate que já caíram no gosto dos brasileiros. E os bons resultados, como a liderança da produção em nível nacional, muito tem sido em função do apoio que os produtores – aproximadamente 26 mil – recebem da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap) e uma rede de parceiros.
Produtos de qualidade, ampliação do número de produtores e incentivo à adoção de práticas sustentáveis, com a recuperação de áreas, são alguns exemplos que estão fazendo a diferença para firmar a boa posição do estado no mercado.
“Podemos citar a Instrução normativa conjunta da Semas/Ideflor-Bio, nº 33.993, de 25 de setembro de 2019, que define critérios e procedimentos para recomposição de áreas de reserva legal mediante plantio de cacau, como uma das principais medidas da secretaria”, informa o titular da Sedpa, Hugo Suenaga.
O engenheiro agrônomo Ivaldo Santana, que coordena as ações voltadas para essa cadeia na Sedap informa que “a secretaria desenvolve sete projetos que beneficiam produtores paraenses”. Segundo Santana, alguns deles são a incubadora de empresas para a cultura do cacau, em fase de implantação, em parceria com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia, Educação Profissional e Tecnológica (Sectet); o laboratório de análise sensorial, que fica no PCT Guamá; e o mapeamento e monitoramento das áreas agricultáveis à cadeia produtiva do cacau.
Outra iniciativa é o fomento à cadeia. Em parceria com a Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), a intenção é ampliar, em 2020, a área plantada no estado para 6 mil hectares, atendendo 1.200 produtores e contribuindo para o reflorestamento dessas regiões.
Parceria com a Emater para o desenvolvimento de projetos de assistência técnica e extensão rural deve beneficiar 2.600 agricultores familiares, em 26 municípios, nos próximos quatros anos.
Capacitação – Há iniciativas, ainda, de acordo com o engenheiro agrônomo Ivaldo Santana, para consolidar a lavoura cacaueira nos municípios do entorno da região metropolitana de Belém: Santa Bárbara do Pará, Moju, Acará, Igarapé-Mirim e Barcarena. Executado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), o projeto visa incentivar o plantio e os tratos culturais necessários para aumentar produção e produtividade. Os produtores recebem capacitação técnica para a produção de amêndoas com mais qualidade.
A Indicação Geográfica (IG) do produto na região da Transamazônica, que concentra 80% de toda a produção estadual, deve selar ainda mais a qualidade das amêndoas paraenses no cenário nacional.
“Conquista que alcançaremos com o apoio do Sebrae. Não podemos esquecer que o cacau paraense foi o primeiro produto do estado a conquistar uma IG, sendo o de Tomé-Açu”, lembra Suenaga. O secretário ressalta que todas essas iniciativas da Sedap e parceiros devem “firmar o título do Pará de maior produtor cacaueiro do Brasil”.