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4 de setembro de 2020Iniciou esta semana a campanha Setembro Amarelo, movimento criado em 2014 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e que tem como objetivo realizar ações de prevenção ao suicídio. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano são registrados mais de 800 mil casos de suicídio no mundo. No Brasil, são 11 mil casos anualmente. Saber identificar os sinais de alerta e ajudar quem está passando por problemas e pensando em tentar algo sobre a própria vida é muito importante para a prevenção do suicídio.
O coordenador do curso de Psicologia do Centro Universitário Fametro, Diego Cavalcante, explica que o suicídio é um fenômeno complexo, que envolve diversos fatores e pode afetar qualquer pessoa. Ele ressalta que não é um ato aleatório. O indivíduo que toma essa decisão deseja reduzir o sofrimento. É a saída que encontrou para problemas, dilemas, crises e situações insuportáveis.
Segundo Diego Cavalcante, a decisão de tirar a própria vida, normalmente, não é tomada da noite para o dia. Por isso, alguns sinais podem servir de alerta para quem está próximo. Entre eles, observar se a pessoa fala sobre suicídio ou usa frases relacionadas ao assunto, como “eu gostaria de estar morto”. Observar, também, questões de isolamento social, mudanças de humor muito drásticas, atitudes arriscadas, como se envolver em brigas, e o ato de dizer adeus a pessoas próximas como se não fosse mais encontrá-las.
“Isso são apenas algumas atitudes que podem ou não estar relacionadas a suicídio. O importante é ficar alerta e estar disponível para ajudar quem precisa”, orientou.
Ao ter contato com uma pessoa com pensamentos suicidas a postura deve ser sempre de acolhimento e não julgamento. De acordo com o professor, a recomendação é demonstrar interesse pela pessoa, mostrando que está disposto a ajudar.
“O diálogo é muito importante nesse processo. A pessoa está passando por um sofrimento profundo e precisa saber que tem apoio. Falar sobre o assunto não pode ser um tabu e nem subestimar a coragem ou não da pessoa cometer o ato”.
Outro ponto importante para ajudar quem está passando por esse problema é buscar ajuda especializada, seja de um médico psiquiatra ou psicólogo.
“Somente esses profissionais poderão dar o encaminhamento correto para que a pessoa inicie o tratamento”, disse.
O coordenador acrescenta que há serviços gratuitos para apoiar quem está passando por problemas. É o caso do Centro de Valorização da Vida (CVV). No site https://www.cvv.org.br/ há mais informações sobre os serviços disponibilizados em todo o país.
A Fametro mantém também a clínica do curso de Psicologia, com atendimento gratuito para a comunidade. Os interessados podem ir até o local, que funciona na avenida Constantino Nery, 22, bairro Chapada, das 8h às 12h e das 13h às 17h, e solicitar o formulário de atendimento. No local, o paciente passará por triagem no serviço social e em seguida será informado com relação à data e o horário para que retorne à clínica.