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Segundo dados divulgados pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), em 2019, a capital amazonense ficou com o maior índice de pessoas obesas entre todas as capitais, com 23% de prevalência. Esse número ainda ajudou a alavancar a taxa de obesidade no país, que passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018, segundo a pesquisa que foi divulgada pelo Ministério da Saúde.
Diante desse cenário preocupante, profissionais de saúde fazem um grande alerta para uma boa alimentação saudável e mudanças que atendam uma qualidade de vida. Mas o que será que anda acontecendo para tantos amazonenses continuarem obesos?
Para a médica endocrinologista, Natasha Vilanova Dinardi, da Clínica Instituto Corporal, credenciada ao sistema Hapvida em Belém, no Pará, o assunto seria mais em torno de como a pessoa leva a vida, do que o que ela anda comendo.
“A obesidade é uma doença crônica que merece nossa atenção, como profissional de saúde quanto a nível populacional, para que as pessoas estejam cientes do grau de importância da prevenção desta doença. Por ser ocasionada por diversos fatores, como genéticos, hábitos alimentares, sedentarismo entre outros. A prevenção e o próprio tratamento também devem ser vistos a longo prazo”, alerta.
O que poucos sabem é que a verdadeira mudança para uma vida saudável estaria associada a um outro ritmo de rotina. Ou seja, se você acha que somente ir a academia, ou fazer dietas mirabolantes, irá resolver, vai com calma aí. O possível emagrecimento estaria atrelado a novos hábitos diários.
“As medidas a serem tomadas envolvem a reeducação alimentar, o que inclui o consumo de alimentos in natura e a diminuição de alimentos industrializados. Além do comprometimento quanto a prática regular de exercícios físicos. E, quando indicado, a terapia farmacológica prescrita pelo médico de forma individualizada para aquele paciente”, informa a médica.
Além de toda essa mudança de vida saudável gradativa, outro ponto a ser lembrado é que as pessoas não devem simplesmente mudar seus hábitos alimentares e sedentários sem o acompanhamento de um profissional da área.
“É sempre bom ressaltar a importância do acompanhamento com a equipe multidisciplinar, a qual envolve o médico, nutricionista, educador físico, psicólogo e outros”, diz Villanova.
No próximo dia 11 de outubro é comemorado o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade, que tal aproveitar a data para sair do comodismo e iniciar uma atividade física moderada?